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ONU fixa prazo de 60 dias para reviravolta contra o ebola

O Conselho de Segurança se reuniu contra o ebola nesta terça; doença "está se desenvolvendo mais rápido do que nós e ganhando a corrida", disse autoridade da organização

14 out 2014 - 21h14
(atualizado em 15/10/2014 às 08h40)
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<p>A ONU estabeleceu 60 dias para a reviravolta contra a epidemia de ebola que já matou quase 4.500 pessoas no mundo</p>
A ONU estabeleceu 60 dias para a reviravolta contra a epidemia de ebola que já matou quase 4.500 pessoas no mundo
Foto: Jaime R / Reuters

A ONU se deu um prazo de 60 dias para provocar uma reviravolta na luta contra a epidemia do ebola na África Ocidental e evitar que a doença continue ganhando a batalha contra os esforços internacionais de combate ao vírus.

"O ebola está se desenvolvendo mais rápido do que nós e ganhando a corrida. Não podemos permitir que o ebola ganhe", afirmou nesta terça-feira Anthony Banbury, chefe da Missão das Nações Unidas para a Resposta de Emergência contra ebola (UNMEER).

Banbury lançou a advertência em um discurso por videoconferência direto de Acra para o Conselho de Segurança da ONU, que hoje se reuniu para analisar diversos temas do continente africano, incluída a epidemia.

O chefe de UNMEER, missão iniciada em 19 de setembro, disse que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em um prazo de 60 dias contados a partir de 1º de outubro devem ser cumpridas uma série de metas nesta luta.

Nesse período se deve conseguir que 70% dos infectados sejam tratados em unidades médicas e que 70% dos enterros dos falecidos sejam realizados "sem provocar novas infecções".

"Se alcançamos estes objetivos, então poderemos vencer esta esta epidemia", reforçou o alto funcionário da ONU.

Ele lembrou que para lutar contra o ebola é necessário identificar as vítimas, tratá-las em centros de saúde, criar áreas seguras e dar informação suficiente para que a população se proteja adequadamente.

"Se falhamos em uma destas coisas falhamos em todas", advertiu.

Segundo os últimos dados da OMS, a epidemia já matou 4.447 e infectou 8.914 pessoas. Os países mais afetados são Libéria, Serra Leoa e Guiné.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu em 18 de setembro para analisar especificamente este caso por considerar que se trata de uma ameaça para a paz e a segurança internacional.

O Conselho só tinha se reunido antes duas vezes para analisar os efeitos da epidemia de Aids.

Foto: Terra Arte

EFE   
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