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Alergia a camisinha, absorvente e calcinha? Veja como lidar

Produtos "básicos" como calcinha e látex podem ser grandes inimigos das mulheres. Especialistas indicam alternativas

11 jun 2015 - 12h51
(atualizado às 12h56)
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É cada vez mais comum encontrar pessoas que possuem algum tipo de restrição alimentar. Intolerância ao glúten, à lactose, ao amendoim e camarão são apenas alguns exemplos. Mas e quando a alergia vem de um produto usado, quase sagradamente, todos os meses pelas mulheres como o absorvente?

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Segundo a ginecologista Flávia Nogueira de Leoni, alergias relacionadas ao absorvente, camisinhas de látex e roupas íntimas são comuns e criam desafios para a vida de várias mulheres. Porém, com algumas mudanças de hábitos, é possível deixar os desconfortos para trás.

A médica relata que o primeiro sinal alérgico que pode ser identificado com facilidade, nos três casos, é a vermelhidão na área íntima. “Em um quadro típico de reação alérgica, os sintomas mais comuns são vermelhidão, coceira, às vezes algumas lesões, como bolinhas e vesículas. Pode ocorrer da própria paciente se machucar e ferir a área por causa da coceira”, acrescenta Nogueira.

Lívia Pondorf, também ginecologista, alerta que os sintomas sentidos por pacientes que possuem alergia às roupas íntimas e absorventes podem ser bastante parecidos, “é uma alergia mais externa, então pode deixar a região da vulva (parte externa do órgão genital feminino) vermelha, e até causar algumas lesões, além da coceira.”

Porém, no caso de alergia ao látex, principal componente da camisinha masculina, o quadro pode causar irritação interna e desconforto.

As profissionais listaram algumas medidas para tratar essas alergias. Confira:

Absorvente

Mulheres podem driblar alergia a absorventes com produtos hipoalergênicos ou coletores menstruais
Mulheres podem driblar alergia a absorventes com produtos hipoalergênicos ou coletores menstruais
Foto: iStock

Existem algumas opções para mulheres que têm alergia a absorventes. Leoni dá o exemplo dos produtos hipoalergênicos e biodegradáveis, 100% algodão, mas que são mais caros que os convencionais. Ela ressalta que outro fator que pode fazer a diferença é escolher produtos sem perfume, que pode ser o verdadeiro causador da alergia.

Em alguns casos, a irritação pode vir do plástico presente no absorvente, segundo a médica Lívia Pondorf, que aconselha a utilização de produtos com cobertura suave.

Algumas mulheres conseguem utilizar absorventes íntimos, pois a alergia se dá apenas na parte externa. “Mas a paciente pode optar por suspender a menstruação usando algum método hormonal contínuo”, diz Pondorf.

Coletores menstruais podem auxiliar mulheres que têm alergia a absorventes
Coletores menstruais podem auxiliar mulheres que têm alergia a absorventes
Foto: iStock

As especialistas também levantam outra solução, o coletor menstrual, que é um ‘copinho’ feito de silicone hipoalérgico, ajustável e usado internamente. “Tem muitas meninas optando por ele, principalmente as que têm alergia e não querem tomar anticoncepcional”, explica Pondorf. Ela acrescenta que o coletor sai mais barato do que absorventes comuns porque são reutilizáveis e podem durar vários anos.

Camisinha de látex

Camisinhas feitas de poliuretano podem ser a solução para quem tem alergia ao látex
Camisinhas feitas de poliuretano podem ser a solução para quem tem alergia ao látex
Foto: iStock

Para aquelas que são alérgicas ao látex , excluir o uso da camisinha não é uma opção. Apesar de anticoncepcionais prevenirem uma gravidez indesejada, a camisinha é “a única forma que a gente tem para prevenir doenças sexualmente transmissíveis”, frisa a doutora Lívia Pondorf.

Uma saída são os produtos antialérgicos, feitos com poliuretano. Existem versões masculinas feitas com o produto, mas as femininas também contam com ele em sua fabricação. Contudo, Pondorf acrescenta que o preço desses produtos são de 3 a 10 vezes maiores do que das camisinhas normais.

Roupas íntimas

Médicas aconselham mulheres a usarem calcinhas de algodão
Médicas aconselham mulheres a usarem calcinhas de algodão
Foto: iStock

Segundo Leoni, a alergia é provocada pelo tecido da calcinha. Adolescentes e adultas costumam utilizar roupas íntimas de tecidos sintéticos, mas Pondorf aconselha: “optar por uma calcinha de algodão é uma orientação para todas as mulheres, não só para quem têm alergia”.

Mas, caso a troca das peças não faça efeito e os sintomas continuem persistindo, a raiz do problema pode estar nos produtos usados para lavar a calcinha, como sabão em pó ou amaciante.

Leoni pede para que as pacientes fiquem atentas aos detalhes, como a troca da marca do sabão em pó ou uso de algum creme diferente. “A primeira coisa que a gente pergunta, após excluir a possibilidade de infecção, é se a paciente mudou algum produto, como o sabonete íntimo ou o amaciante, ou se pegou a calcinha emprestada de alguém, por exemplo.”

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Fonte: Terra
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