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"Comer pode me matar", conta adolescente alérgico a comida

Americano parou de ingerir alimentos sólidos em 2013; médicos não conseguem diagnosticar doença

29 out 2015 - 12h04
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Alex não pode comer nenhuma comida sólida e também é alérgico a látex, perfume e grama recém cortada
Alex não pode comer nenhuma comida sólida e também é alérgico a látex, perfume e grama recém cortada
Foto: Go Fund Me / Reprodução

Um adolescente com severas alergias contou ao The Mirror como apenas uma mordida em alguma comida sólida pode causar fortes dores na cabeça, nos ossos e músculos, irritação estomacal, confusão mental, anafilaxia e até leva-lo à morte.

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Alex Viskar, do estado americano de Utah, também é alérgico a perfumes, tintas, látex e substâncias encontradas em filtros de automóveis e em grama recém cortada. Ele conta que já passou por diversos médicos e especialistas, mas até hoje, nenhum conseguiu chegar a algum diagnóstico.

O jovem de 19 anos parou de comer comida sólida em 2013 e usa um tubo de alimentação desde então.  Alex, que tem quase 1,90 metros, chegou a pesar cerca de 70 quilos. “Cheguei ao ponto de estar basicamente morrendo de fome porque a comida me deixava com dores e doente”, conta.

“Se eu inalar certos perfumes eu tenho confusões mentais, Isso é, literalmente, o equivalente a não dormir por dois ou três dias e não conseguir pensar em nada”. “Muita coisa mudou, tive que repensar minha rotinha para que ela funcionasse para mim”, desabafou.

Alex batalhou contra problemas de saúde por toda a vida, como conta sua mãe, Jodie Visker, 45: “ele tinha vários sintomas desde quando era criança. Tinha dores de cabeça muito fortes, tão fortes que precisou realizar um exame de ressonância magnética aos cinco anos... Ele tinha muitos sintomas e é por isso que foi difícil saber o que estava acontecendo”.

“As pessoas não acreditam em você. Professores, doutores, vizinhos pensam que você é louca e está inventando tudo isso”, comenta.

Mãe conta que Alex sempre teve a saúde frágil
Mãe conta que Alex sempre teve a saúde frágil
Foto: Go Fund Me / Reprodução

Recentemente, sob os cuidados do Dr. Gleich, Alex percebeu uma melhora após começar a tomar uma injeção, duas vezes por mês, que estabiliza os mastócitos, células que participam da reação inflamatória. “No geral, faz com que eu me sinta melhor – é principalmente usado para tratar asma, mas parece funcionar bem com as minhas alergias”, conta o jovem.

A condição obriga Alex a se alimentar de fórmulas sem proteína por meio de um tubo de alimentação. “Sento-me à mesa para jantar com a família, coloco meu tubo e me junto à conversa... Nunca quis que minha família sentisse pena de mim só porque não consigo comer”, desabafa.

Mesmo soando rotineiro, a cena ainda entristece a mãe. “É de partir o coração. É muito difícil assistir, como mãe você quer consertar isso, curar, encontrar respostas”, diz Jodie.

Alex pretender cursar programação
Alex pretender cursar programação
Foto: Go Fund Me / Reprodução

Para manter os gastos, que chegam a R$ 27 mil por mês, com medicamentos e fórmulas, Alex conta com a ajuda de um financiamento coletivo.

A doença já fez o rapaz perder 300 dias de aula em dois anos escolares e o impediu de tocar saxofone e clarinete, por causa de uma alergia a junco. Mas Alex conseguiu se formar no Ensino Médio e agora planeja continuar a estudar em casa para se tornar um programador.

“Sou grato pelo que tenho, é uma perspectiva totalmente nova”.

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Fonte: Terra
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