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Autoridades afirmam que 10 pessoas têm "alto risco" de contrair ebola nos EUA

3 out 2014 - 16h47
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Dez pessoas que estiveram em contato em Dallas, no Texas, com o primeiro paciente de ebola diagnosticado nos Estados Unidos têm um "alto risco" de contrair a doença, informaram nesta sexta-feira as autoridades sanitárias americanas.

"Como dissemos anteriormente, infelizmente não está descartada a possibilidade que ocorram outros casos de ebola nos Estados Unidos. É algo que pode acontecer e estamos tomando as medidas necessárias e continuaremos monitorando estas pessoas de perto", disse a diretora do Centro Nacional de Doenças Emergentes dos Centros de Controle de Doenças (CDC), Beth Bell.

Em uma teleconferência de imprensa conjunta com autoridades de Dallas, Bell indicou que, apesar do "alto risco", nenhuma destas pessoas apresentou sintomas da doença, que podem ser febre, dores musculares, vômitos e sangramento.

A especialista dos CDC, com sede em Atlanta (Geórgia), explicou ainda que, das 100 pessoas assinaladas inicialmente como em situação de risco por seu contato com o paciente, Thomas Eric Duncan, as autoridades determinaram que apenas 50 delas continuarão sendo observadas e avaliadas duas vezes por dia durante os próximos 21 dias.

Tanto as autoridades federais como locais receberam fortes críticas pela gestão da situação e por manter a família do paciente nas mesmas condições nas quais estavam vivendo antes que fosse internado no hospital no domingo passado.

"Estou preocupado com esta família e quero que receba o tratamento que gostaria que a minha própria família recebesse, e por isso estamos fazendo planos para assegurar-nos que estejam bem hospedados e confortáveis", declarou na conferência o juiz Clay Lewis Jenkins, a cargo da resposta do condado de Dallas.

Até esta manhã, o apartamento da família ainda não tinha sido desinfetado devido à falta das permissões necessárias para transferir o material contaminado, declarou o juiz, que assegurou que dariam uma resposta rápida à situação.

Além disso, no que poderia tratar-se de outro possível caso da doença, a prisão do condado de Cobb (Geórgia), confirmou hoje que um prisioneiro que viajou recentemente à África e que apresentava sintomas similares aos da gripe foi submetido ao teste de ebola para determinar um possível contágio.

O Hospital Universitário Howard, em Washington, confirmou também hoje que um paciente que esteve recentemente na Nigéria e que tinha sintomas "que podem ser associados ao ebola" foi internado no centro médico.

Bell destacou que, por enquanto, não é possível confirmar se o paciente que está internado no hospital de Washington tem a doença, mas indicou que estão acompanhado o caso e colaborando com o centro médico.

A especialista ressaltou que o governo de Estados Unidos está realizado esforços para agilizar o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus e destacou a necessidade de garantir a segurança da imunização para lutar contra esta doença, que infectou 7.178 pessoas até agora, com 3.338 mortos, segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS).

EFE   
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