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Médicos alertam: sono diminuiu 2 horas em relação há 60 anos

Pesquisa relaciona falta de sono e muita exposição à luz de aparelhos eletrônicos a doenças como obesidade e câncer

15 mai 2014 - 07h41
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Problema de falta de descanso causa sérios prejuízos aos jovens
Problema de falta de descanso causa sérios prejuízos aos jovens
Foto: Getty Images

A vida moderna tem deixado as pessoas muito arrogantes em relação à necessidade do sono, alertam os especialistas. Segundo um estudo feito entre as universidades de Oxford, Cambridge, Harvard, Manchester e Surrey, as pessoas dormem cerca de duas horas a menos atualmente do que há 60 anos. As informações são do site inglês Daily Mail.

A demanda de uma sociedade ligada 24 horas tem feito as pessoas exigirem muito de si mesmas e "ignorarem o relógio", o que traz sérios riscos para a saúde como câncer, doenças cardíacas, diabetes tipo 2, obesidade e principalmente distúrbios no funcionamento do metabolismo. Um outro estudo publicado no Journal of the Royal Society Interface sugere que os danos no cérebro por ficar horas demais acordado se comparam aos prejuízos do mal de Alzheimer. Com este resultado, o objetivo da pesquisa é fazer com que os governos tratem o assunto como problema de saúde pública.

Segundo os estudiosos, o livre acesso às tecnologias, especialmente tablets e smartphones, coloca as pessoas a viverem "contra o relógio biológico", o que cria buracos de sono durante a noite. "Somos a espécie mais arrogante que existe. Achamos que podemos abandonar uma evolução de quatro bilhões de anos e ignorar o fato que evoluímos sob um ciclo de dia e noite", explica o professor de Oxford Russell Foster. E, completa: "longos períodos trabalhando contra o relógio pode causar sérios problemas de saúde, especialmente entre os adolescentes".

Os especialistas explicam que o corpo funciona de acordo com um ritmo circadiano no qual as funções vitais são sincronizadas com a rotação da Terra de maneira que os olhos percebam a luz e o escuro e a pele se adapte às mudanças de temperatura.

"A luz é o sincronizador mais poderoso do relógio biológico", explica Charles Czeisler, professor de Harvard. Por isso, ele explica que os tablets e smartphones têm uma sobrecarga de luz azul que faz grandes estragos no andamento do relógio biológico. "A exposição à esta luz azul vai adiar o ritmo circadiano, fazer com que demore a dormir e tenha muitas dificuldades de acordar na manhã seguinte".

Veja hábitos que podem melhorar a noite de sono:

1) mantenha o quarto escuro

2) deite confortavelmente para evitar dores

3) deixe a cama na temperatura ideal

4) não exagere nos cochilos durante o dia

5) coma alimentos leves à noite

6) pratique exercícios físicos

7) mantenha o quarto limpo

8) mantenha uma rotina

Fonte: Terra
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