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CDC registram 51 casos de zika vírus nos EUA, Porto Rico e Ilhas Virgens

28 jan 2016 - 17h52
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Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira que foram contabilizados 51 casos de zika vírus no país e em seus territórios, como Porto Rico e Ilhas Virgens, reiterando a recomendação às grávidas de não viajar às regiões mais afetadas.

Em entrevista coletiva, os CDC indicaram que, na região continental dos EUA, há 31 pessoas que foram infectadas pela doença fora do país. Além disso, confirmou que outras 19 pessoas foram contaminadas localmente por mosquitos em Porto Rico e nas Ilhas Virgens.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse hoje que teme que o surto do zika vírus afete entre 3 e 4 milhões de pessoas na América neste ano. A doença, que não possui vacina, é especialmente perigosa para mulheres grávidas, já que há indícios de que pode provocar microcefalia em bebês, uma relação ainda não comprovada cientificamente.

"Não vamos ter uma vacina disponível nos próximos anos", indicou em entrevista coletiva o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci.

Os CDC afirmaram que o risco para a população dentro do país é muito baixo, já que não há informações de transmissão local do zika vírus e a doença se limita a pessoas que viajam para zonas afetadas.

No entanto, o órgão reconhece que há chance de contágio no sul, com base no ocorrido em outras ocasiões com vírus transmitidos por mosquitos, como a própria dengue. Mas, para a subdiretora dos CDC, Anne Schuchat, a doença não seria facilmente contida.

"O americano que não vai viajar não corre risco algum. Pedimos que as mulheres grávidas adiem todas as viagens às zonas afetadas", alertou Schuchat.

Os CDC já tinham recomendado para que as mulheres grávidas não viajem para 24 países com casos de zika na América Central, no Caribe e na América do Sul, e especialmente ao Brasil, onde há o maior número de casos confirmados da doença.

O órgão reconheceu que não tem informações suficientes sobre o comportamento do vírus para dar uma resposta integral ao surto, mas afirmou que recorrerá a fundos destinados às pesquisas com outros flavivirus (gênero ao qual pertence o zika) para buscar uma vacina.

Além disso, tentará aumentar os recursos para a investigação e o desenvolvimento de exames confiáveis para detectar a infecção, ao mesmo tempo em que trabalha com companhias privadas para tentar elaborar remédios para curar a doença.

Os CDC destacaram que não têm certeza sobre quando a transmissão da doença a uma mulher grávida pode provocar microcefalia no bebê. Porém, indicou que os dados apontam para um maior risco no primeiro trimestre da gestação.

O órgão americano também minimizou a relevância da transmissão por contato sexual, algo que poderia ser uma ameaça por aumentar os contágios de pessoa para pessoa. Para os CDC, o maior risco é o mosquito Aedes aegypti, que além do zika também é capaz de transmitir a dengue e a febre chicungunha.

EFE   
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