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Cerveja ajuda coração e não dá barriga, dizem cientistas

Quantidade considerada moderada é de dois chopes por dia para os homens e um para as mulheres

30 set 2014 - 14h53
(atualizado às 16h33)
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Foto: Maica / iStock

Cientistas europeus destacaram nesta terça-feira (30) os efeitos benéficos para a saúde do consumo moderado de cerveja, entre eles a prevenção de problemas cardiovasculares e respiratórios, e excluíram o mito da "barriga de cerveja".

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O VII Congresso Europeu sobre Cerveja e Saúde, realizado em Bruxelas, reuniu hoje cerca de 160 especialistas internacionais em medicina e nutrição de 24 países, entre eles Alemanha, Irlanda, Itália e Reino Unido.

Pesquisadores espanhóis do Hospital Clínic de Barcelona, da Universidade de Barcelona e do Centro de Pesquisa Cardiovascular (CSIC-ICCC), ressaltaram os possíveis benefícios da cerveja, com e sem álcool, na saúde cardiovascular, obesidade, nutrição e prevenção do envelhecimento celular.

"O consumo moderado de cerveja junto a uma dieta saudável, como a mediterrânea, ajuda a prevenir complicações cardiovasculares maiores como o infarto do miocárdio ou o acidente vascular cerebral", afirmou o médico Ramón Estruch, do Hospital Clínic de Barcelona.

Segundo ele, estudos feitos na Espanha demonstraram que a cerveja sem álcool também tem um efeito protetor perante as doenças cardiovasculares.

A diretora do CSIC-ICCC, Linda Badimón, destacou que a ingestão moderada de cerveja pode "favorecer a função cardíaca global". Quanto às quantidades consideradas moderadas, foi explicado que homens podem beber dois chopes por dia e as mulheres podem beber um.

Os polifenóis, compostos encontrados majoritariamente em alimentos de origem vegetal e também na cerveja, são os que podem reduzir os riscos de ter AVC e câncer, devido a suas propriedades antioxidantes.

"Na cerveja, encontramos até 50 tipos de polifenóis que, ingeridos pelo organismo, têm efeitos benéficos sobre a pressão arterial, os lipídios ou resistência à insulina", explicou Rosa Lamuela, da Universidade de Barcelona.

A doutora de saúde publica no Reino Unido Kathryn O'Sullivan desmentiu a crença que a cerveja causa "barriga", já que "não tem qualquer base científica". Ela explicou que o consumo excessivo de qualquer tipo de álcool pode levar ao aumento de peso, mas não se feito de forma moderada.

A reidratação que a cerveja proporciona aos atletas após a realização de exercício foi outro dos aspectos destacados no evento. O médico Manuel Castillo Garzón afirmou que a cerveja, ao contrário que outras bebidas alcoólicas, apresenta pouca quantidade de álcool, muita quantidade água (95%) e potássio, capaz de reidratar os esportistas.

Dado que o exercício prolongado aumenta o risco de doenças nas vias respiratórias superiores, a cerveja se coloca como um complemento alimentar propício a reduzir sua inflamação e infecção, já que contém compostos polifenóis, garantiu ele, que atua no Hospital Técnico de Munique Johannes Scherr.

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EFE   
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