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Chega ao Reino Unido mulher infectada por ebola em Serra Leoa

12 mar 2015 - 13h11
(atualizado às 13h11)
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A membro de uma equipe médica do exército britânico infectada pelo vírus do ebola em Serra Leoa chegou nesta quinta-feira ao Reino Unido a bordo de um avião Boeing C-17 da Real Força Aérea.

Ela será internada no Royal Free Hospital, em Londres, para receber tratamento após aterrissar na Base Aérea de Northolt, ao oeste da capital, informou o ministro da Saúde, Jeremy Hunt. O Serviço Público de Saúde da Inglaterra anunciou ontem que um cidadão britânico tinha a doença, apesar de ressaltar que ainda não tinha resolvido sobre sua mudança ao Reino Unido.

A mulher, cuja identidade não foi revelada, é a terceira pessoa de nacionalidade britânica a contrair o ebola durante o último surto da doença na África. No Royal Free Hospital ela será tratada na mesma área de isolamento na qual permaneceram Will Pooley e Pauline Cafferkey, os outros dois britânicos infectados, que superaram a doença após receber medicamentos experimentais.

No mesmo avião militar em que ela viajou vieram dois colegas que estiveram em contato direto com ela nos últimos dias, apesar de até agora não terem recebido sinal positivo aos testes para detectar o vírus. Outras duas pessoas que também estiveram em contato com ela permanecem em observação em Serra Leoa e não se descarta que possam ser repatriados nos próximos dias.

O Reino Unido mantém entre 600 e 700 efetivos militares em Serra Leoa para ajudar a controlar uma epidemia que matou mais de 9.500 pessoas nos últimos meses.

Um porta-voz do Ministério Defesa assegurou que os britânicos trabalham com rígidas medidas de segurança, embora tenha admitido que "sempre existe certo nível de risco".

O secretário de Estado britânico para as Forças Armadas, Mark François, agradeceu a "coragem e a dedicação" das pessoas que viajaram para África Ocidental e ressaltou que a prioridade do ministério é assegurar o "bem-estar" dos trabalhadores britânicos.

O virólogo da Universidade de Reading, Ben Neuman, disse à "BBC" que o hospital onde a mulher será internada "mantém uma efetividade de 100% no tratamento do ebola, até agora".

O especialista informou que um novo lote do fármaco experimental ZMapp ainda não está disponível, por isso a funcionária poderia ser tratada com o antiviral "favipiravir", que demonstrou eficácia para reduzir a letalidade em pacientes com baixos níveis do vírus, embora não seja efetivo para os que têm a doença em estágio avançado.

"Ela também poderia ser tratada com soro rico em anticorpos procedentes de outros pacientes que sobreviveram ao ebola para controlar os vírus em seu sangue, enquanto seu sistema imune aprende a lutar contra a doença", afirmou o virólogo.

EFE   
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