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Cientistas descobrem verdadeira fonte de força dos músculos

15 jul 2013 - 11h04
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Cientistas americanos descobriram a verdadeira fonte de força dos grandes músculos do corpo, colocando em dúvida 50 anos de conhecimento sobre o assunto.

Segundo uma equipe de pesquisadores da Universidade de Washington, o bíceps volumoso, por exemplo, obtém sua força a partir de um grupo de células dispostas como em uma malha e não de um grupo de células agrupadas como se fossem uma corda.

À medida em que os músculos são flexionados, os filamentos são tensionados também e abrem a trama da "malha" de células.

Isto gera uma força em múltiplas direções, não apenas subindo e descendo pelo músculo como se acreditava antes.

"Este aspecto da geração de força muscular não foi detectado durante décadas e agora está se transformando em uma característica fundamental da nossa compreensão dos aspectos normais e patológicos do músculo", afirmou Thomas Daniel, um dos cientistas da equipe de pesquisadores americanos.

A descoberta foi publicada na revista especializada Proceedings B.

Coração

Os cientistas descobriram que todos os músculos, incluindo o coração, parecem alimentar-se desta fonte de força.

De acordo com os cientistas, os fundamentos de como o músculo gera força continuam os mesmos: filamentos de miosina tiram dos filamentos de actina para contrair o músculo.

Mas a miosina não puxa em uma direção, como se acreditava anteriormente. Ao invés disto, a miosina puxa em ângulos, o que confere uma força radial.

A descoberta vai interessar fisiculturistas que tentam aumentar ao máximo a capacidade muscular. Mas também vai ajudar médicos no tratamento de problemas cardíacos.

Michael Regnier, outro autor da pesquisa, afirmou que pelo fato de, no coração, o músculo cercar as câmaras que se enchem de sangue, agora os cientistas poderão "medir as forças que são geradas em várias direções durante a contração muscular, permitindo um estudo muito mais preciso e realista de como se gera a pressão para expulsar o sangue do coração".

"As forças radiais e de grandes eixos que são geradas podem estar comprometidas de uma forma diferente nas doenças cardíacas e este novo modelo detalhado ajuda a estudar pela primeira vez este tema, em um nível molecular", acrescentou.

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