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Dilma lidera mobilização de 220 mil militares contra o Aedes aegypti

13 fev 2016 - 17h39
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A presidente Dilma Rousseff liderou neste sábado o Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes Aegypti, que contou com a participação de 220 mil militares contra a proliferação do mosquito transmissor da dengue, da febre chicungunha e o zika vírus.

Dilma visitou a comunidade Zeppelin, no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, onde se reuniu com vários moradores locais.

Após a visita, na qual esteve acompanhada pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; o prefeito, Eduardo Paes; autoridades locais e agentes de vigilância sanitária, a governante descartou que a epidemia de zika comprometa a realização dos Jogos Olímpicos em agosto.

"Temos consciência de uma coisa: Teremos Jogos Olímpicos e estamos neste processo com uma ação dirigida a isso", declarou Dilma, que enfatizou que "algumas cidades terão prioridade (nas ações adotadas), como o Rio de Janeiro".

Soldados da Força Aérea Brasileira (FAB), do Exército e da Marinha visitarão a partir deste sábado,durante quatro dias, cerca de três milhões de residências em 350 cidades, com 28 dos 31 ministros do gabinete da presidência deslocados por todo o país para liderar a campanha.

Das 350 cidades, 115 municípios registraram uma incidência de mais de cem casos de dengue por cada 100 mil habitantes.

Em entrevista coletiva, a chefe de Estado pediu mais ações de combate à proliferação do mosquito enquanto se desenvolve em conjunto com os Estados Unidos a criação de uma vacina para prevenir o zika vírus.

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, apresentou em Brasília um balanço preliminar do dia e destacou o "compromisso" das Forças Armadas, que conta com 55 mil militares preparados para o "combate ao mosquito", em um trabalho complementado pelo restante do contingente militar que se quadruplicou neste sábado.

"As Forças Armadas, com os 55 mil soldados capacitados, permanecerão nas ações de combate ao mosquito depois destes quatro dias de mobilização nacional", ressaltou Rebelo.

Em Belo Horizonte, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, garantiu em entrevista coletiva que "não faltarão recursos para combater o zika", apesar das medidas de ajuste fiscal para controlar o gasto publico.

"Nós faremos cortes em outras coisas, mas vamos preservar os recursos necessários para combater essas doenças", comentou o representante da pasta.

Os recursos federais destinados ao combate ao mosquito cresceram 39% entre 2010 e 2015. Para 2016, a previsão é de um aumento de R$ 924,1 milhões para totalizar R$ 1,870 bilhões.

Ao longo do dia foram entregues quatro milhões de panfletos com informações sobre prevenção para evitar a proliferação do mosquito transmissor das doenças. Em Recife, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, defendeu a ação militar para o combate ao mosquito.

"Vamos todos nos unir para acabar com isso, que é algo simples. E como vamos vencer esta guerra? Combatendo a água parada", ressaltou Campello.

Na região Nordeste, uma das mais afetadas pelas doenças, foram mobilizados 20 mil soldados e em São Paulo, estado mais populoso do país, 21,5 mil militares participaram da ação. O estado do Rio de Janeiro recebeu o maior contingente militar do dia, com 71 mil militares.

O Ministério da Saúde já confirmou 462 casos de microcefalia, descartou outros 765, por isso a situação de 3.852 pacientes continua em análise, segundo o boletim semanal divulgado na sexta-feira que trata sobre o repentino aumento desta má-formação congênita.

Das 462 crianças diagnosticadas com microcefalia na última semana, 41 delas foram infectadas pelo zika vírus durante a gestação.

EFE   
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