A toxina botulínica, ou Botox, ganhou fama nos tratamentos estéticos por retardar o aparecimento de rugas e disfarçar as marcas de expressão. Agora, quem diria que, anos mais tarde, o Botox mostraria sua eficácia em aplicações que vão muito além da beleza? A substância tem sido muito utilizada para controlar os quadros de bruxismo, que é o hábito de ranger, apertar ou simplesmente encostar frequentemente os dentes de forma que incomode ou cause desgastes.
A disfunção, que atinge pelo menos 30% dos brasileiros durante o sono, pode ter diversas causas, que vão desde a presença de distúrbios neurológicos, como o mal de Parkinson, até os distúrbios do sono, como a apneia e o ronco. Nesses casos, a toxina botulínica é aplicada em pontos localizados nos músculos temporal anterior e masseter, na mandíbula. “O Botox age no neurônio motor impedindo a liberação de acetilcolina, que é a substância que promove a contração da musculatura. Quando aplicada nos músculos mastigatórios, a toxina botulínica impede a contração, que ocasiona o ranger dos dentes”, explica a dentista Juliana Stuginski- Barbosa, membro da Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial.
Para o cirurgião plástico Maurício de Maio, um dos primeiros brasileiros a utilizar a técnica, o tratamento tem se mostrado eficiente, porém, precisa ser refeito a cada ano, conforme as necessidades do paciente. No entanto, a maior vantagem desse recurso terapêutico é apresentar um resultado eficaz e rápido. “Em média, de quatro a cinco dias após a aplicação, o paciente já sente a diferença, enquanto o uso apenas das placas de mordida demoraria alguns meses para alcançar resultados reais”, explica Miriam Tomaz, cirurgiã dentista.
Apesar de mostrar resultados satisfatórios, a aplicação do botox não garante a cura e, sim, apenas o controle do quadro – que pode ocasionar desgaste e quebra dos dentes. Por isso, o tratamento com a toxina botulínica deve ser usado para reduzir a força de contração muscular, sendo aliado às placas de mordida e a correção da mordida.
Juliana defende que, apesar do botox ser utilizado frequentemente, ainda são necessários estudos científicos que comprovem a real eficácia do tratamento, nos mais diversos quadros. “Apenas um estudo clínico foi realizado em pacientes com somente bruxismo do sono (sem dor por disfunção temporomandibular - DTM) e isso nos impede de mensurar seu real benefício”, conclui.
Quer evitar o diabetes? Pois saiba que, além de uma dieta saudável e exercícios físicos regulares, alguns alimentos e hábitos podem ajudar na batalha contra a doença, segundo pesquisas recentes
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Use curry: a curcumina, presente no tempero curry, pode ajudar a evitar diabetes em pessoas com risco elevado, segundo pesquisadores tailandeses. O estudo incluiu 240 voluntários pré-diabéticos, sendo que metade ingeriu cápsulas com curcumina e o restante, um placebo (grupo controle). Depois de nove meses, 16,4 % dos participantes do grupo controle desenvolveram a doença, enquanto ninguém que ingeriu curcumina teve o problema
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Coma queijo: pesquisa da Universidade de Oxford e da Imperial College London, ambas da Inglaterra, concluiu que pessoas que comem queijo têm risco 12% menor de desenvolver diabetes. Os participantes que mais consumiam a iguaria apostavam em mais de 56 g por dia e os que menos degustavam, menos de 11 g
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Invista em frutas oleaginosas: pessoas que comem regularmente frutas oleaginosas (pistache, nozes, amêndoas, castanhas-de-caju) têm menor risco de diabetes tipo 2, doenças cardíacas e síndrome metabólica, segundo estudo da Universidade Estadual da Louisiana, nos Estados Unidos. Constatou-se que o consumo está associado a baixos níveis de um marcador de inflamação (proteína C-reativa), taxas elevadas de bom colesterol e menor índice de massa corporal
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Faça caminhada: reservar um tempo para caminhada diária é suficiente para diminuir a probabilidade de desenvolver diabetes em pessoas com alto risco e que não fazem exercício regularmente, de acordo com cientistas da Universidade de Washington e da Universidade de Pittsburgh, ambas dos Estados Unidos. A equipe analisou 1.826 voluntários e constatou que os que andaram mais apresentaram chance 29% menor de ter a doença.E não pense que é necessário andar muito, já que apenas 12% dos que investiam em cerca de 3,5 mil passos por dia (são cerca de 2 mil passos em 1,6 km) se tornaram diabéticos, em comparação com 17% dos que caminhavam menos
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Coma maçã, pera e blueberry: quem saboreia maçã, pera e mirtilo (blueberry) tem menos chance de desenvolver diabetes tipo 2, como informou um estudo divulgado pela publicação American Journal of Clinical Nutrition. O levantamento contou com dados de 200 mil pessoas e concluiu que o benefício está relacionado às antocianinas presentes nas frutas
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Durma bem: estudo realizado pelo Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, mostrou que adolescentes obesos que desfrutavam de quantidade de sono adequada tinham menos risco de desenvolver diabetes tipo 2. O levantamento analisou 62 adolescentes obesos e descobriu que o benefício estava relacionado a descansar de sete horas e meia a oito horas e meia por noite, o que mantém os níveis de glicose estáveis. Dormir mais ou menos que isso se mostrou prejudicial
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Aposte em frutas e hortaliças: comer frutas e hortaliças variadas pode ajudar a diminuir o risco de diabetes tipo 2, segundo estudo divulgado pela revista Diabetes Care. O levantamento avaliou os hábitos alimentares de 3.704 pessoas
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Consuma álcool moderadamente: estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, constatou que o consumo moderado de álcool diminuiu 30% o risco de diabetes em mulheres com dietas repletas de carboidratos refinados
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Beba café: pesquisadores chineses concluíram que o café pode evitar o acúmulo de uma proteína relacionada com diabetes tipo 2, possivelmente diminuindo o risco da doença. O levantamento sugere que três compostos são responsáveis pelo benefício: cafeína, ácido clorogênico e ácido cafeico