PUBLICIDADE

Quedas hormonais fazem mulher sentir dores no peito por 14 anos

13 nov 2012 - 14h38
(atualizado às 14h39)
Compartilhar
Exibir comentários

A britânica Dorothy Asquith, de 60 anos, começou a sentir dores fortes no peito aos 42 anos e foi levada às pressas para o hospital com suspeita de ataque cardíaco. Os exames não revelaram problema algum, mas a dor persistiu por 14 anos. Depois de anos de busca, conseguiu um diagnóstico: síndrome cardíaca X, que pode estar ligada à queda dos níveis de estrogênio. Os dados são do jornal Daily Mail.

A britânica foi tratada com hipnoterapia, na busca por tentar alterar a forma como o corpo sente dor
A britânica foi tratada com hipnoterapia, na busca por tentar alterar a forma como o corpo sente dor
Foto: Reprodução

Veja doenças que mais matam no Brasil e no mundo

Pouco se sabe sobre a condição, mas, ao que tudo indica, não é fatal e nem aumenta o risco de ataque cardíaco. Uma teoria é que a queda de hormônios, que faz parte da menopausa, aja como um gatilho nas pessoas suscetíveis. “Essa condição afeta cerca de nove mulheres para cada homem”, disse o cardiologista Peter Collins, do Hospital Royal Brompton, na Inglaterra.  

Fora isso, estudos recentes com ressonância magnética têm revelado que, em cerca de um terço dos pacientes, os vasos minúsculos que transportam o sangue para o músculo cardíaco não abrem corretamente, reduzindo o fluxo, o que causa a dor. Esses doentes podem ser tratados com medicamentos que melhoram o fornecimento de sangue ao músculo cardíaco.  

Hipnoterapia

O tratamento que reverteu o caso de Dorothy foi a hipnoterapia. “Durante as sessões de hipnoterapia tentamos alterar a forma como o corpo sente dor. Os sinais de dor ainda estão sendo enviados para o cérebro, mas vamos tentar desenvolver formas de ensiná-lo a prestar menos atenção a eles. Inicialmente, tentamos técnicas de relaxamento, já que estudos mostram que a tensão muscular pode contribuir significativamente para a dor”, explicou o hipnoterapeuta Daniel Fryer, do Hospital Royal Brompton. Depois disso, usa técnicas de visualização para lidar com o desconforto.

Depois do diagnóstico, Dorothy lançou mão de alguns tratamentos, sem resultado. Então, começou a hipnoterapia. “Nessa fase, estava disposta a tentar qualquer coisa. Meu marido e eu tínhamos passado por uma separação curta devido à tensão dessa condição. Ele estava carregando o peso de tudo, cuidar da casa e dos nossos dois meninos. Eu não era a pessoa que costumava ser”, contou Dorothy.

Nas sessões, ela visualizava cenas, moldava a dor em forma de objetos e os arremessava ao mar. “Às vezes, sinto que a dor está chegando, mas sei como lidar com isso, ao me levar de volta à praia. E agora sei que tenho de relaxar.”

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
Compartilhar
Publicidade
Publicidade