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Radioterapia pós-cirurgia diminui reincidência de câncer de próstata

19 out 2012 - 16h20
(atualizado às 16h24)
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Um estudo do Centro Hospitalar da Universidade A Michallon, na França, concluiu que a radioterapia feita imediatamente após a cirurgia de retirada do tumor na próstata tem benefícios a longo prazo para os pacientes. “Estes resultados nos tranquilizam quanto ao benefício continuado e a segurança da terapia de radiação após a retirada da próstata para uma grande proporção de homens com câncer localmente avançado ou de alto risco”, explicou o responsável pela pesquisa, Dr. Michel Bolla.

Segundo estudo, a radioterapia imediata diminui as chances de reincidência do câncer de próstata
Segundo estudo, a radioterapia imediata diminui as chances de reincidência do câncer de próstata
Foto: Getty Images

“A pesquisa também sugere que os pacientes mais novos e com bons resultados cirúrgicos estão ainda mais sujeitos aos benefícios da radioterapia imediata do que os homens mais velhos, acima de 70 anos”, comentou Bolla. O câncer de próstata é a segunda forma mais comum da doença em homens, atrás apenas do câncer de pulmão. Para o tratamento, uma das formas é a retirada da próstata, mas, para os pacientes em  que a doença se espalhou, o risco de reincidência é de 10 % e a radioterapia é comumente prescrita para depois da cirurgia.

A pesquisa foi feita com 1.005 homens com alto risco de câncer de próstata durante 10 anos, quando foram analisados os efeitos da radioterapia imediata comparada com os resultados da reincidência da doença. Depois deste período, os homens que receberam o tratamento de radiação imediatamente após a cirurgia ainda tinham significativa progressão livre e menos chance de desenvolvimento da doença, situação superior àqueles que foram apenas monitorados. Eles apresentaram também melhor controle local e menor necessidade de terapia hormonal, que pode causar efeitos colaterais.

Mas, em contraste com os resultados iniciais, obtidos depois de cinco anos de pesquisa, a progressão da doença para outros locais do corpo não pareceu tão significativa como as conclusões finais, depois de 10 anos. Dr. Jason A. Efstathiou, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, discute se estas conclusões são suficientes para discernir quais os pacientes que poderiam ou não receber a radioterapia depois da cirurgia e também avaliar o melhor momento para começar o tratamento. “A decisão fica por conta do time de médicos que discute a necessidade de fazer radioterapia no paciente, de quando deve ser iniciada e quais as justificativas corretas de quando ela não é aplicada”, explicou.

Fonte: Terra
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