PUBLICIDADE

Sesamoidite: saiba causas e sintomas da doença de Xuxa

Xuxa tem sido vista em eventos com bota ortopédica, que faz parte do tratamento para a doença que afeta o pé esquerdo da apresentadora

27 mar 2014 - 15h36
(atualizado em 8/12/2014 às 15h58)
Compartilhar
Exibir comentários

Xuxa está afastada da TV para cuidar de um problema no pé esquerdo: a sesamoidite. A doença é a inflamação de dois ossos pequenos localizados na parte da frente dos pés e muitas vezes é causada pelo belo, porém perigoso, salto alto. A apresentadora está com bota ortopédica há algum tempo e, neste mês, ainda foi clicada com o acessório em um evento. Para tirar as dúvidas sobre a doença, o Terra consultou a o ortopedista, traumatologista e médico do esporte Marco Antonio Ambrósio, do Hospital Samaritano, e o ortopedista Walter Yoshinori Fukushima, professor de pós-graduação da Faculdade de Medicina do ABC. 

O que é a sesamoidite?

É a inflamação que acomete os sesamoides, dois pequenos ossos localizados na parte da frente dos pés, logo abaixo da cabeça do primeiro metatarso. Têm como função a distribuição adequada do peso na região quando se pisa e também funcionam como roldanas que transmitem, ao caminhar, a força exercida pelo tendão flexor ao dedão, explicou o ortopedista Ambrósio.

Quais são os sintomas?

O indício clássico é a dor intensa nos sesamoides ao caminhar. “A dor é exacerbada ao se caminhar descalço e com sapatos de solado muito rígido, e piora com o uso de salto alto”, acrescentou o ortopedista Ambrósio.

<p>Xuxa tem usado a bota ortopédica em eventos</p>
Xuxa tem usado a bota ortopédica em eventos
Foto: AgNews

Quais são as causas?

A principal causa da sesamoidite é o uso excessivo de calçados com salto alto. Mas a doença também pode ser ocasionada por trauma local e atividades físicas (corrida, futebol, esporte de salto) e estar associada ao pé cavo, tipo de pé que possui um arco plantar (curva dos pés) elevado, de acordo com o ortopedista Ambrósio. “Andar descalço prolongadamente na areia da praia, naquela faixa mais dura e molhada, pode desenvolver ou piorar o quadro de dor”, acrescentou o ortopedista Fukushima.

A doença é mais comum em mulheres?

Pessoas de qualquer idade podem ter o problema, mas a doença atinge principalmente mulheres que usam muito salto alto e sapatos desconfortáveis. Mas por que o salto leva ao problema? A explicação do ortopedista Fukushima é que pode ocorrer sobrecarga no antepé devido à distribuição equivocada e inadequada do peso do corpo sobre ele.

Como é feito o diagnóstico?

O exame físico pode mostrar as alterações. Para complementar, raio-X, que pode acusar fragmentação ou alteração do aspecto ósseo, e ressonância magnética, mais sensível para diagnosticar lesões iniciais.

Como é o tratamento?

O tratamento inicial é feito com a adaptação dos calçados, medicação anti-inflamatória, restrição para atividades físicas de impacto e fisioterapia. Nos casos mais graves, pode ser necessário imobilizações do pé e uso de muletas. A melhora completa do quadro dificilmente ocorre em menos de 90 dias de tratamento, segundo o ortopedista Ambrósio. “O tratamento definitivo é a cirurgia para a retirada do osso sesamoide necrótico (sesamoidectomia). É um procedimento cirúrgico simples e com bom índice de sucesso. A recuperação pós-operatória leva aproximadamente dois meses”, acrescentou o médico.

Como se proteger? 

Não há problemas em usar salto alto por período curto, como em um evento, informou o ortopedista Fukushima. Para o dia a dia, a dica é priorizar a segurança e o conforto. Aposte em saltos com até 3 cm ou 4 cm de altura, no máximo. Se trabalha de salto, que tal levar um opção confortável na bolsa para usar na ida e na volta? Fukushima acrescenta que as mulheres que passam o dia de salto podem massagear os pés após uma salmoura quente, dar descanso a eles nos finais de semana e frequentar o ortopedista a cada três ou seis meses, conforme recomendação.  

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
Compartilhar
Publicidade
Publicidade