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Tricô ajuda mulher a vencer câncer; veja como superar dificuldades

26 nov 2012 - 16h36
(atualizado às 16h36)
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Em março de 2007, Tessa Cunningham recebeu o diagnóstico de câncer de mama. Os problemas físicos causados pela doença e o tratamento eram muitos, mas sua angústia mental era a pior barreira e, por isso, ela vivia atormentada com visões de morte. Mas um hobby da adolescência a ajudou a superar o momento complicado: o tricô. Os dados são do jornal Daily Mail.

Acredita-se que as ações repetitivas desativam o caminho da raiva do cérebro
Acredita-se que as ações repetitivas desativam o caminho da raiva do cérebro
Foto: Getty Images

“O movimento rítmico dos meus dedos embalava meu cérebro e comecei a me sentir em paz”, disse. “Enquanto estava concentrada no padrão, as visões aterrorizantes de morrer desapareciam gradualmente. Enquanto meu cérebro estava ocupado contando pontos, não tinha tempo para pensar em mais nada.”

Laurence Gonzales, autor de Surviving Survival: The Art And Science Of Resilience, passou sua carreira estudando como as pessoas sobrevivem a desastres, doenças e sofrimento. Ele acredita que atividades simples e repetitivas, como o tricô, arrumar o jardim e correr, podem ajudar as pessoas a sobreviverem. “Na sequência de um trauma grave, você pode sentir como se algo físico e completamente fora de seu controle tomasse conta de você. Não pode pensar direito. Está ansioso e obcecado com os mesmos pensamentos terríveis. Precisa se aprofundar no cérebro e acalmá-lo”, explicou Gonzales.

Acredita-se que as ações repetitivas desativam o “caminho da raiva” do cérebro, a área que se torna ativa quando se está sob ataque. Assim renova o sentido de controle e torna a pessoa mais calma e a deixa mais em paz. “É impossível dizer se, sem tricô, a quimioterapia teria funcionado tão bem. Mas o tricô me obrigou a desviar minha energia longe da raiva, para ajudar meu corpo a se curar”, finalizou Tessa.

Abaixo, veja atitudes que ajudam a superar momentos difíceis, como doença, desemprego, morte de um ente querido, segundo Gonzales.

Faça alguma coisa: não importa se faz tricô, joga cartas, pinta ou pratica ioga, o que interessa é fazer com que seu cérebro e corpo se empenhem em uma tarefa simples e repetitiva. Assim, se sente mais calmo e sob controle.

Pense nos outros: as pessoas que transformam sua tragédia em uma oportunidade de ajudar os outros se saem melhor do que os que pensam apenas em si mesmos. Trocam o papel de vítima pelo de salvador.

Busque seus amigos: mantenha boas pessoas ao seu redor. Participe de um grupo de apoio, por exemplo. Falar sobre o seu sofrimento ajuda.

Sorria: aja como se você estivesse melhor. A pesquisa de Gonzales mostrou que o que você faz com o seu corpo influencia o que você faz com sua mente. Para muitas mulheres entevistadas pelo profissional, um simples sorriso ajudou a elevar o humor.

Sorria ainda mais: ria do mundo. Estudos têm mostrado que as pessoas enlutadas, que podem recordar momentos cômicos com entes queridos, gastam menos tempo com o luto. 

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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