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Especialista defende mudança de hábitos no combate à obesidade

13 mar 2014 - 14h11
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O excesso de peso é hoje o maior problema de saúde pública enfrentado por todos os países, por ser uma doença que envolve diversos fatores. Para o professor de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP) Luzimar Teixeira, o mundo está num momento crucial de mudanças de hábitos alimentares, que influenciam diretamente a obesidade.

"As mudanças de hábitos alimentares levaram a saúde das pessoas a uma situação lamentável", ressalta. Para ele, é necessária uma adequação dos costumes por meio do balanço energético.

"O balanço energético negativo do corpo humano é como uma caderneta de poupança, na qual a pessoa deposita e não retira. Por isso, o saldo aumenta, ou seja, os quilos aumentam. É preciso equilíbrio ao lidar com a alimentação", disse o professor.

Para alcançar esse equilíbrio é recomendada uma combinação entre atividade física e alimentação. Isso significa consumir a mesma quantidade de calorias que se gasta. E para perder peso é necessário consumir menos e gastar mais.

Segundo Luzimar, pessoas acima do peso precisam saber que a dificuldade do emagrecimento diminui a partir do momento em que se ganha massa muscular. Portanto, a prática da atividade física regular é essencial, mesmo para quem reduz a ingestão calórica.

O professor associa a obesidade à evolução histórica do corpo humano que, na época da Revolução Industrial, ingeria cerca de 900 kcal e, atualmente, consome, em média, 2.200 kcal.

"Houve um círculo virtuoso de saúde e nutrição que contribuiu para a geração seguinte se tornar mais alta e mais forte. Mas, em tempos recentes, aconteceu o que chamamos de "nó da obesidade", um momento em que o homem passou a ser mais alto e mais forte porém mais gordo. Foi quando a situação ficou complicada", argumentou Teixeira.

O professor ainda dá um exemplo de acréscimo natural de peso: pessoas entre 30 e 40 anos começam a ter ganho de 1% na balança, anualmente, o que modifica o balanço energético de cada indivíduo. "A solução é se exercitar, se agitar. Caso contrário, o balanço energético fica alterado", reforça.

Segundo o professor, uma boa solução, sem contraindicação, é caminhar, exercício que altera positivamente o balanço energético. "A atividade física é a grande fonte para o gasto energético e tem um papel importante na manutenção do equilíbrio do peso, além de ser a principal responsável pelo resultado favorável da relação entre gasto e absorção de calorias", diz Teixeira.

EFE   
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