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Especialistas pedem para 'não alarmar' população sobre expansão de zika

24 mai 2016 - 12h51
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Especialistas espanholas afirmaram nesta terça-feira que os avanços nos exames para diagnosticar o zika vírus "são rápidos e bastante bons" e, embora "convenha criar um alerta", não se deve alarmar a população.

Essa foi a explicação de Miriam Navarro, pesquisadora da ONG Mundo Saudável na Espanha, uma das participantes da mesa redonda "A zika na América Latina: alerta sim, alarme não", organizada pela Casa da América, em Madri.

Os participantes recomendaram que as pessoas devem se informar antes de viajar para zonas onde a transmissão é maior, como a América Latina, buscar conselho dos profissionais de saúde e usar repelentes, além de sugerir que as grávidas evitem viajar para essas regiões.

Outro foco de atuação deve estar também na "especialização contínua" dos profissionais de saúde e informar a população sobre como prevenir a doença, apontou Navarro.

A questão mais preocupante do vírus é que há muitos fatores que favorecem a rápida expansão de zika, o que "dificulta muito as coisas", explicou Carmen Amela, do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias (CCAES).

O zika vírus tem alguns sinais parecidos com o da gripe, que costumam aparecer em quatro ou cinco dias, embora até 80% dos infectados sequer mostrem sintomas.

A diretora do Mundo Saudável, a argentina Silvia Gold, afirmou que há vários grupos na busca de uma vacina contra a zika, que deve ser "mais fácil" de conseguir se comparada com outras doenças, embora o desenvolvimento duraria cerca de dois anos.

Para Amela, na medida em que a epidemia segue sendo um problema na América Latina, "podemos esperar que apareçam mais casos" na Espanha.

EFE   
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