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Filhos de pais com idade avançada correm mais risco de ter doenças genéticas

22 ago 2012 - 17h07
(atualizado às 18h15)
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Um pesquisa divulgada pela revista científica "Nature" nesta quarta-feira mostra que a idade do pai no momento da concepção de seu filho influenciaria mais do que a idade da mãe no que diz respeito ao risco de doenças de origem genética como o autismo e a esquizofrenia.

Estudos prévios destacavam a importância da idade das mães no momento da concepção, mas a pesquisa realizada por uma equipe do centro de pesquisa genética deCODE, de Reykjavík (Islândia), afirma que a idade dos pais tem maior influência.

A pesquisa consistiu em analisar o genoma completo de 78 famílias islandesas, formadas por ambos os genitores e seus filhos, na busca de mutações "de novo", erros genéticos que estão presentes nos filhos, mas não em seus pais, e que se devem a fatores internos da própria célula.

A equipe liderada por Augustine Kong chegou a contabilizar uma média de 60 mutações "de novo" ligadas à idade do pai, enquanto só encontraram 15 relacionadas com a idade da mãe.

Os cientistas descobriram também que o número de erros genéticos era maior entre os filhos de pais de idade avançada e que, por cada ano que um homem atrasa sua paternidade, sua descendência conta com duas novas mutações "de novo".

Kong afirma que os filhos cujos pais têm 20 anos contam com uma média de 25 novas mutações, enquanto os filhos cujos pais completaram 40 anos somam até 65 alterações genéticas.

Segundo o pesquisador, a aparição de desordens relacionados com as funções cerebrais, como o autismo, a esquizofrenia, a dislexia e o atraso intelectual está estreitamente relacionada com estas mutações "de novo" e, portanto, com a idade do pai ao ter seu filho.

EFE   
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