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Fim do "efeito Urach": veja alternativas seguras ao hidrogel

Prótese de silicone, gordura do próprio paciente e ácido hialurônico são opções

15 jan 2015 - 17h12
(atualizado em 16/1/2015 às 08h23)
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Foto: Agnews

As fotos chocantes das pernas da modelo Andressa Urach mostram o perigo dos excessos do hidrogel, utilizado por ela para aumentar as medidas e que ocasionou um quadro grave de infecção. O modelo brasileiro Celso Santebañes, conhecido como “boneco Ken humano”, é outro que lançou mão da substância para “tonificar” os membros inferiores e, agora diagnosticado com leucemia, também precisou ser internado para tratar complicações ocasionadas por ela.

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O hidrogel não deve ser usado como substituto da prótese de silicone para aumentar regiões grandes, como bumbum ou coxas. “A dose usada para essas aplicações é enorme, muito maior do que a indicada pela Anvisa, alertou o cirurgião plástico Alexandre Barbosa, proprietário da Clínica de Cirurgia Plástica de São Paulo. “Se usado em grandes quantidades, pode atrapalhar a drenagem linfática e circulação sanguínea, aumentando o risco de reação ao produto, fibrose e infecção”, completou o cirurgião plástico André Colaneri.

Segundo Colaneri, o produto geralmente é bem aceito pelo organismo quando em pequenas quantidades. “Se utilizado com a técnica adequada, que é o uso de uma cânula em vez de agulha, e com pequenos volumes, o hidrogel não representa perigo. Mas ele só é indicado em pouquíssimas quantidades em  regiões como pálpebras, lábios, maçãs do rosto, rugas e linhas de expressão, sulco nasogeniano (bigode chinês), queixo e linha do maxilar”, afirmou Barbosa. Veja as alternativas mais seguras ao produto:

Prótese de silicone

A prótese de silicone é mais segura do que o hidrogel, na opinião dos médicos. “Ela é colocada em um plano anatômico e não compromete tanto a drenagem linfática e circulação, se comparada a um grande volume de hidrogel, que é aplicado de forma mais disseminada nos tecidos”, disse o cirurgião plástico Colaneri. O médico lembra que outra grande vantagem é poder ser retirada em caso de algum problema, o que não acontece com o hidrogel, que fica infiltrado em vários tecidos, como subcutâneo e músculos.

“Temos disponíveis próteses de coxas, indicadas sempre para quem tem pouco volume, nunca como alternativa para ter pernas malhadas. O objetivo é dar contorno corporal, não a impressão de corpo malhado. Isso também serve para as próteses de glúteos e braços”, comentou o cirurgião plástico Barbosa.

Gordura

Entre os preenchedores mais seguros está a gordura do próprio paciente. “A gordura é bem aceita pelo organismo por ser própria dele, não havendo reação alérgica ou de rejeição a ela. Ela sofre absorção parcial, em torno de 50%”, comentou Colaneri. A gordura é retirada de uma região do corpo em que exista em excesso ou em que não fará falta e, após preparo, pode ser utilizada para o fim estético.

Ácido hialurônico

Foto: Celso Santebañes/Facebook/Reprodução

O ácido hialurônico é produzido pelo organismo, mas também sintetizado em laboratório. “É uma alternativa, apesar do alto custo e de ser absorvido rapidamente (em torno de um ano). Isso torna o valor gasto praticamente inviável em maiores volumes. Geralmente é bem tolerado pelo organismo e seguro”, disse Colaneri.

O cirurgião plástico Barbosa comenta que é capaz de modificar os volumes faciais, corrigindo sulcos e rugas, além de dar volume aos lábios e ao queixo. “Os resultados são perceptíveis logo após a sessão, mas são mais suaves que os de uma plástica. Assim, esse tratamento é mais indicado para pessoas com grau leve ou moderado de envelhecimento. Mas sempre com bom senso e sabendo dos limites e de que o procedimento não faz milagres”, completou.

Mas fica o alerta: qualquer preenchedor, mesmo os bem tolerados, como a própria gordura do paciente e o ácido hialurônico,  podem ter seu risco aumentado se usado em grandes volumes, como disse Colaneri. “Isso se deve à pressão exercida pelo volume do preenchimento, que aperta os vasos sanguíneos, reduz a drenagem linfática, aumentando a fibrose e risco de infecção. Os membros inferiores (pernas) são mais propensos a isso, por já terem uma tensão dos tecidos grandes e maior facilidade de comprometimento linfático”, finalizou.

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Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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