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Governo dos EUA aumenta esforços para proteger população do zika vírus

27 jan 2016 - 20h40
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O governo americano está aumentando os esforços para proteger seus cidadãos de contágio do zika vírus, com um pedido expresso do presidente Barack Obama de "acelerar" a pesquisa para desenvolver melhores exames de diagnóstico, vacinas e tratamentos.

A maior parte desses esforços atualmente está centrada "na troca de informação com o público sobre os passos que devem ser tomados para a própria proteção", explicou nesta quarta-feira em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Segundo Earnest, o próprio Obama está "preocupado" pela propagação do vírus, que já afeta 22 países do continente americano.

"Em primeiro lugar, queremos assegurar que as pessoas estão corretamente educadas sobre os riscos deste vírus. Mas também que estamos tomando todos os tipos de medidas necessárias para combater a doença", sustentou o porta-voz.

Na terça-feira, Obama se reuniu na Casa Branca com seus assessores de saúde e segurança nacional para falar precisamente da propagação do zika.

Entre outros, a secretária de Saúde dos EUA, Sylvia Mathews Burwell, e o diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), Thomas Frieden, informaram a Obama sobre os "fatores" que podem contribuir para a propagação do vírus no país, de acordo com a Casa Branca.

Durante a reunião, Obama "insistiu na necessidade de acelerar os esforços de pesquisa para ter disponíveis melhores exames de diagnóstico e desenvolver vacinas e tratamentos", indicou a Casa Branca em comunicado.

Os CDC ainda não determinaram um vínculo definitivo entre o zika vírus e o aumento de nascimentos de bebês com microcefalia nos países afetados, mas extremaram os alertas como medida de precaução.

Além disso, as autoridades dos EUA se uniram às advertências internacionais pela propagação do vírus e pediram que os bebês de mães que viajaram para algum dos países afetados têm ser submetidos a exames diagnósticos em seus dois primeiros dias de vida.

Os EUA também emitiram um alerta de viagem a vários países da região, no qual inclui Brasil, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Equador, a Guiana Francesa, Martinica, Haiti, Suriname, Barbados, Guadalupe, San Martín, Guiana, Cabo Verde, Samoa e Porto Rico.

O zika afeta atualmente 22 países do continente americano e obrigou os governos da região a tomar medidas extremas, como no caso do Brasil e da República Dominicana, que estão fazendo uso de suas forças militares para conter o mosquito transmissor desse vírus, da dengue e da chicungunha.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), a rápida propagação do vírus pela América se deve ao fato de que a população não tinha sido exposta ao zika e portanto carece de imunidade, além de o mosquito "Aedes Aegypti" estar presente em todos os países da região, com exceção do Canadá e Chile continental.

EFE   
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