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Grupo pede financiamento ao desenvolvimento de remédios contra tuberculose

23 mai 2016 - 15h12
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Um terço da população mundial sofre com tuberculose latente, ou seja, não desenvolveu a doença e nem pode transmiti-la, mas tem o risco de sofrer com ela, por isso a UNITAID lançou nesta segunda-feira uma iniciativa para financiar o desenvolvimento de teste de diagnóstico e tratamentos que evitem sua expansão.

Os objetivos de conseguir antes de 2035 "uma redução de 95% das mortes e uma queda de 90% na incidência são extremamente ambiciosos e para chegar lá é essencial lutar contra a tuberculose latente", disse em entrevista coletiva Mario Raviglione, diretor do programa de tuberculose da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Acreditamos que atacar a tuberculose latente pode ser um elemento essencial do combate contra a doença e pode mudar sua trajetória. Por isso, esta chamada a novos projetos que nós possamos financiar é fundamental", disse Lelio Marmora, diretor-executivo da UNITAID.

Esta entidade nasceu em 2006 por iniciativa do Brasil, Chile, França, Grã-Bretanha e Noruega -seus principais doadores- com o objetivo de encontrar soluções inovadoras para prevenir, diagnosticar e tratar o HIV, a malária e a tuberculose de forma mais barata e efetiva.

A UNITAID considera que lutar contra a tuberculose latente poderia reduzir o número de mortes pela doença, que mata 1,5 milhão de pessoas por ano.

Estima-se que um terço da população mundial tem tuberculose latente e, destes, 15% a desenvolverão.

Nos países ricos a prevalência é entre 5% e 10%, e nos países em desenvolvimento pode variar entre 40% e 60%.

As crianças menores de cinco anos e as pessoas infectadas com o HIV têm mais risco de desenvolver a tuberculose latente e de morrer por esta causa.

De fato, os soropositivos têm até 37 vezes mais possibilidades de desenvolver tuberculose ativa.

O objetivo da OMS é que dois grupos principais obtenham o eventual novo tratamento contra a tuberculose latente: as pessoas soropositivos -com alta probabilidade de desenvolver a doença- e as crianças menores de cinco anos que vivem em lares onde uma pessoa sofra com a doença.

A luta contra a doença enfrenta a falta de um tratamento efetivo, barato e rápido.

"Temos três desafios: que haja novos tratamentos; que sejam acessíveis e que os países os usem, porque se não houver um amplo uso, não haverá impacto", opinou Philippe Douste-Blazy, presidente do Conselho de Administração da UNITAID.

EFE   
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