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Japão obrigará médicos a informar sobre casos relacionados com zika vírus

2 fev 2016 - 01h34
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O Ministério da Saúde do Japão vai obrigar os médicos do país a informar sobre casos relacionados com o zika vírus, em meio ao aumento do contágio de doenças transmitidas por mosquitos que ativou o alerta em nível internacional.

Com a coleta de informação desses pacientes, o Ministério pretende reforçar a vigilância para tomar medidas como o extermínio dos mosquitos que propagam a doença no território japonês, com o objetivo de evitar sua propagação, indicaram nesta terça-feira fontes ligadas ao assunto à agência "Kyodo".

Até o momento, não foram registradas infecções por zika no Japão, apenas um casal foi diagnosticado com a doença após retornar de Bora Bora, na Polinésia Francesa, em 2013, e um homem, após voltar da ilha de Koh Samu, na Tailândia, em 2014. No entanto o mosquito tigre (Aedes albopictus), um dos vetores do vírus, pode ser encontrado no país.

Esse mesmo inseto já foi responsável por um surto de dengue que afetou mais de 100 pessoas há dois anos em Tóquio, o que supôs o primeiro caso de contágio dentro do arquipélago japonês em quase 70 anos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 20 países e territórios, a maioria deles na América Latina, foram decretados como zonas de risco de contágio pelo zika vírus, que é transmitido por mosquitos da espécie Aedes Aegypti, que também é vetor de doenças como a dengue e a chicungunha.

O zika vírus costuma provocar febre, olhos vermelhos sem secreção e sem coceira, erupção cutânea com pontos brancos e vermelhos e, em menor frequência, dor muscular e articular.

Além disso, a propagação do vírus foi associada a um forte aumento no nascimento de bebês com sintomas de microcefalia, mas a relação causal entre o vírus e os casos de má-formação ainda não foi comprovada cientificamente.

Apenas no Brasil, o país onde surgiram os primeiros casos e o mais afetado pela epidemia, foram contabilizados 1,5 milhão de casos de zika e há 4.180 bebês nascidos com microcefalia.

O rápido avanço da doença obrigou as autoridades sanitárias internacionais a tomar medidas extraordinárias, como o alerta de "emergência sanitária global" declarado por recomendação de um grupo de especialistas da OMS.

EFE   
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