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Menino Pedrinho precisa de transplante vital nos EUA

Assim como a pequena Sofia, o caso Pedrinho tem mobilizado em prol de doações para transplante de intestino

26 jun 2014 - 13h00
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Após a resolução do caso da pequena Sofia, em que o Ministério da Saúde depositou R$ 2.248.000,00 em conta judicial destinados ao tratamento da menina de cinco meses, que sofre de uma síndrome rara que impossibilita o funcionamento do sistema digestivo, outro caso da mesma grandeza ganha destaque na esfera da saúde infantil: a história do menino Pedrinho, que sofre de síndrome rara e também precisa de transplante nos Estados Unidos para sobreviver.

Pedro Libração da Lavra Baragão, o Pedrinho, dez meses, é protagonista de uma história de superação e personagem de uma das principais “correntes do bem” hoje na internet. Filho da supervisora comercial Aline Libração da Lavra, 34 anos, e Roger Baragão, 41 anos, o Pedrinho tem SIC (Síndrome do Intestino Curto).

Descoberta na 26ª semana de gestação, a síndrome rara pode ser curada apenas por meio de um transplante de intestino realizado nos Estados Unidos e avaliado em US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,2 milhões).

Para alcançar o montante para a complexa cirurgia, Aline recorreu primeiro aos amigos. “A campanha começou singela. No começo, houve a desconfiança das pessoas. Hoje, muitos veem a causa do Pedrinho e a abraçam, o que é muito comovente”, diz Aline. Nas redes sociais, os perfis “Ajude o Pedrinho a Continuar Sorrindo” passaram de 170 mil pessoas. Os posts diários são visualizados por mais de 30 mil pessoas. E há regrams de famosos como Ana Maria Braga, Luciana Gimenez, David Luiz (Seleção Brasileira), Wanderlei Silva (MMA), artistas, cantores, apresentadores e milhares de anônimos, engajados em fazer Pedrinho conseguir sua principal meta de vida.

Contas bancárias foram abertas para receber doações e o resultado é uma enorme quantidade de doação, totalizando mais de R$ 1 milhão arrecadado.

Além do dinheiro, entretanto, Pedrinho precisa pesar 10 kg para fazer o procedimento. Hoje, seu peso beira os 6 kg.

169 dias na UTI

Pedrinho nunca foi para casa e, por ser considerado pré-maturo tardio, permaneceu por 169 dias na UTI da Maternidade Pro Matre Paulista, em São Paulo, onde nasceu em 22 de agosto de 2013. Desde 7 de fevereiro, vive no Hospital Infantil Sabará, também na capital paulista, onde recebe visitas permanentes, sempre com peculiar sorriso no rosto. Desde o quarto dia de vida, recebe alimentação parenteral, manipulada e trocada todo dia, que o nutre e o faz crescer. Recentemente, passou por uma colocação da gastrostomia e a retirada da sonda nasal.

Pedrinho não corre risco de morte, mas a nutrição por sonda pode sobrecarregar os órgãos. Por isso, a cirurgia é o procedimento ideal. Apesar do alto valor, Aline jamais perdeu as esperanças. “O valor da cirurgia assusta. Mas a mulher que passa a ser mãe não mede esforços para absolutamente nada. Foi o que eu coloquei na minha cabeça”, diz, determinada.

“A desconfiança atrapalha e a credibilidade é essencial para a campanha. Quando a imprensa vem ao hospital, conhece o Pedrinho, tira a foto e divulga a campanha dessa forma, as pessoas vão acreditar e doar.”

O transplante

A operação está decidida e o local, também: o All Children’s Hospital, em St. Petersburg, nos Estados Unidos, referência em transplante de intestino. Até que ela aconteça, Aline sonha com o futuro do filho: “O que espero, de verdade, é ver meu filho crescer, tendo uma vida normal, como todas as outras crianças. O sorriso do Pedrinho é uma forma de gratidão por tudo o que as pessoas estão fazendo. Espero que ele possa agradecer carinhosamente a todos que estão nos ajudando com doações. No futuro, quero ajudar mães e pais que enfrentam outros tipos de problemas. Nós sabemos que o brasileiro é muito solidário e essa campanha é uma oportunidade para que as pessoas se conectem ao bem, sem a violência e as tragédias do cotidiano.”

Fonte: Dialoog Comunicação
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