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Método “pai canguru” ajuda na recuperação de prematuros

6 ago 2013 - 07h22
(atualizado em 3/8/2020 às 15h18)
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Nascidos com menos de 37 semanas de idade gestacional, os bebês prematuros exigem atenção especial para que possam ganhar o peso necessário para terem alta hospitalar. Além dos cuidados diretos da equipe médica e das mães, os papais também podem colaborar ativamente para o restabelecimento da saúde dos herdeiros, dentro do hospital, por meio do método “pai canguru”.

Também chamada de “contato pele-pele”, a técnica consiste em provocar um contato bastante próximo entre o pai e seu filho, de forma que o acolha totalmente em seu colo e o cubra com suas próprias vestes. A solução - criada em 1979, na Colômbia, para que os recém-nascidos recebessem alta mais rapidamente - tem ganhado cada vez mais popularidade na assistência neonatal, tornando-se um procedimento exemplar para a recuperação desses bebês.

Como funciona

No método canguru, o contato com o pai ajuda a adequar e estabilizar a temperatura corpórea do pequenino com muito conforto. “O recém-nascido é colocado nu junto ao peito também nu do pai e, depois, envolvido num avental com monitoramento de frequência cardíaca e respiratória”, detalha Graziela Del Ben, neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo.

Dentre os benefícios promovidos estão o aumento do vínculo entre pai e filho, a diminuição da permanência hospitalar do neném e a melhora do controle térmico. Apesar da vontade de passar o tempo todo com a criança, os patriarcas precisam respeitar a rotina neonatal. Assim, o método entra em cena após a alimentação feita por meio de sonda. “A sessão costuma durar uma hora e é realizada três vezes ao dia. Dependendo do recém-nascido, começamos com menos tempo e aumentamos progressivamente”, diz Graziela.

Casos de suspensão do procedimento

Apesar de a técnica ser segura e definida como uma atenção humanizada, alguns bebês podem apresentar alterações de frequência cardíaca, respiratória e até mesmo queda de temperatura durante as sessões, o que exige cuidado. “Nesses casos, suspende-se o canguru e, depois de 24 horas, reinicia-se o processo”, pontua a especialista.

Fonte: Agência Hélice
Fonte: Terra
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