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Ministra da Saúde diz que há 4.500 casos suspeitos de zika vírus na Venezuela

28 jan 2016 - 19h52
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Caracas, 28 jan (EFE) - A ministra da Saúde na Venezuela, Luisana Melo, confirmou nesta quinta-feira que foram registrados 4.500 casos suspeitos de zika vírus no país, além de 90 da síndrome de Guillain-Barre, um transtorno que afeta o sistema neurológico associada à primeira doença.

A ministra descartou, no entanto, a existência de casos de microcefalia nos bebês nascidos no país provocados pelo zika, que já se propagou por 24 países da América e do Caribe.

Luisana explicou que os "possíveis" 4.500 casos correspondem a pessoas que foram consultadas no país. No entanto, ela lembrou que pode haver mais infectados, já que três de cada quatro afetados pelo zika vírus não procuram assistência médica pelo fato de a doença poder ser assintomática ou apresentar sintomas muito brandos.

"Até ontem, tínhamos 90 casos da síndrome de Guillain-Barre e garantimos o tratamento a essas pessoas", disse a ministra a jornalistas na região do Vale, no oeste de Caracas, onde deu início a uma "ofensiva nacional de ação integral" para lutar contra as doenças transmitidas por mosquitos.

A iniciativa contempla o uso de carros fumacê por várias ruas e imóveis da região do Vale, segundo Luisana, a área com maior incidência de dengue na capital do país. Além disso, a ministra recomendou que a população elimine os criadouros do mosquito Aedes aegypti, conhecido na região como "patas brancas".

A ministra afirmou que a Venezuela registrou duas mortes de pacientes supostamente afetados pelo zika. Familiares das vítimas disseram não ter encontrado imunoglobulina para tratar a doença.

Luisana explicou que plasmaferese, procedimento no qual o sangue do paciente é extraído e introduzido de volta sem o plasma, é uma alternativa ao tratamento com imunoglobulina.

A ministra afirmou que foram estabelecidos hospitais de referência no país para tratar a doença, três deles em Caracas, que contam com as equipes necessárias para lidar com os pacientes.

EFE   
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