Morre adolescente que contraiu ebola após ressurgimento da doença na Libéria
O Ministério da Saúde da Libéria confirmou nesta terça-feira a morte do adolescente que testou positivo para ebola na semana passada e cujo caso ativou os alarmes no país africano, que tinha sido declarado livre do vírus pela segunda vez em setembro.
Em entrevista coletiva, o vice-ministro de Saúde, Francis Kateh, anunciou a morte do jovem de 15 anos enquanto estava sendo tratado da doença junto a seu pai e a seu irmão menor, todos casos positivos de ebola.
Os 152 contatos dos três pacientes, incluindo os 25 integrantes da equipe sanitária, estão sob observação, segundo informou Kateh, que também lembrou que as novas infecções são um aviso para que a população não baixe a guarda e mantenha as medidas preventivas.
O ressurgimento do vírus do ebola foi confirmado na sexta-feira passada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que então divulgou apenas a infecção de uma das crianças.
No entanto, o governo da Libéria sustenta que são três os novos casos registrados, todos membros da mesma família que residiam em Paynesville, nos arredores da capital, Monróvia.
Sobre os novos casos, a OMS lembrou que os especialistas antecipavam o ressurgimento desta doença, "provavelmente por um vírus persistente em um indivíduo convalescente".
O único fluído onde se corroborou que o vírus pode sobreviver até nove meses é o sêmen.
A OMS registrou até agora sete casos anteriores deste tipo, ou seja de um ou poucos novos casos em áreas onde tinha transcorrido o período de 42 dias a partir do qual se pode considerar que se quebrou a rede de transmissão original.
A última epidemia de ebola foi declarada em março de 2014, com cerca de 29.000 casos e mais de 11.000 mortes em três países da África Ocidental, cujas economias foram duramente afetadas por essa emergência sanitária.
