Mulher luta contra doença fatal com maquiagem e autoestima
Chanel White escreveu um texto emocionante explicando a razão de ainda usar maquiagem e se importar tanto com as roupas
A blogueira americana Chanel White foi diagnosticada com esclerodermia sistêmica, uma rara doença autoimune, aos 20 anos, e os médicos lhe deram apenas mais 10 anos de vida. Mas White vem chamando a atenção porque, apesar da sua condição, ela não deixou de passar maquiagem ou ligar para suas roupas. As informações são do DailyMail.
A ex-professora escreveu um texto inspirador para o site XoJane explicando que, apesar do diagnóstico fatal, ela ainda se sente a mesma mulher que amava produtos de beleza e roupas fofas. “A verdade é que por trás do meu corpo frágil de medicamentos está uma mulher normal de 24 anos que procura recuperar sua vida despedaçada”, ela escreveu. “Uma mulher, assim como você, que não quer nada mais do que aproveitar uma terapia de compras, que ela certamente merece. Uma mulher que quer se sentir confiante em seu corpo, mesmo que ele esteja lhe deixando na mão”.
A esclerodermia sistêmica é caracterizada pelo endurecimento da pele, que se torna mais espessa e escura, e tecidos conjuntivos, podendo também afetar órgãos como pulmões e rins.
Menos de 100 mil americanos possuem a forma sistêmica de esclerodermia e a expectativa de vida vai de alguns meses há 20 anos, dependendo dos sintomas. “Ainda quero me sentir bonita quando sair de casa e ter certeza que a aparência externa reflete minha personalidade. Antes de ficar doente eu nunca tinha saído com calça de moletom, sem maquiagem e com o cabelo despenteado, então por que faria isso agora?”.
A rotina de Chanel inclui muitas horas de sono, consultas médicas e diversos medicamentos. Em julho, ela contou a um site de notícias que tomava 28 medicamentos diariamente, que precisavam ser ingeridos mais de uma vez por dia.
Mas nem todos os dias são animados. A blogueira afirma que muitas vezes mal consegue sair da cama, então passar maquiagem ou tirar o pijama são ações fora de cogitação.
Apesar de não poder mais trabalhar, comer ou fazer muitas das coisas que ela adorava, Chanel não deixa que a doença tire sua disposição.
A jovem conta que percebe as “caras de espanto terrivelmente óbvias” quando sai de casa. Porém, ela diz não culpar as pessoas, pois se estivesse na posição delas provavelmente faria o mesmo. “Eu me arrumo, mesmo quase morrendo, porque isso me lembra de que ainda sou eu mesma por baixo de tudo isso; que ainda sou uma moça jovem, com seus 20 poucos anos tentando aproveitar a vida”, ela disse.
