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Novo medicamento aumenta sobrevivência em pacientes com câncer de pulmão

3 jun 2013 - 10h46
(atualizado às 13h04)
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Um novo medicamento pode ajudar pacientes com câncer de pulmão em estado avançado a viver mais e pode contribuir no tratamento de outros tipos de câncer, informaram pesquisadores nesta segunda-feira.

Se os resultados iniciais forem confirmados em um estudo de Fase III ainda em andamento, este será o primeiro tratamento desenvolvido na última década que pode melhorar os resultados para pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado.

Os pacientes que receberam o medicamento Ganetespib do laboratório Synta tiveram uma média de sobrevivência de 9,8 meses, em comparação com os 7,4 meses registrados nos pacientes que passaram pelo tratamento padrão.

O medicamento age bloqueando um tipo de proteína chamada de chaperona molecular que ajuda as proteínas recém-formadas a assumirem a forma necessária para assumir sua função biológica específica.

Devido ao fato de muitas das proteínas que levam ao crescimento do câncer de pulmão precisarem desta chaperona - chamada de Hsp90 - para agir, bloqueá-la pode desativar ao mesmo tempo muitas proteínas que promovem o crescimento do câncer.

Os pesquisadores acreditam que o novo remédio também pode funcionar em pacientes que desenvolvem mutações que os tornam resistentes aos medicamentos tradicionais porque também inibe a função das proteínas mutantes.

"Este é o primeiro estudo aleatório que demonstra benefícios terapêuticos com um inibidor de proteína de choque térmico em pacientes com câncer", afirmou o principal autor do estudo, Suresh Ramalingam, um professor de oncologia da Emory University em Atlanta, Georgia.

"Esperamos que o estudo de Fase III confirme nossas descobertas, já que pacientes com esta forma e estágio de câncer de pulmão precisam urgentemente de tratamentos mais efetivos", disse.

Medicamentos anteriores com Hsp90 não tiveram sucesso nos testes porque não eram significativamente efetivos na extensão da vida e causaram intoxicação do fígado.

Este é o primeiro teste clínico aleatório de um inibidor de segunda geração e é a primeira vez que este tipo de droga mostra-se segura e efetiva.

O estudo de Fase II examinou 252 pacientes com adenocarcinoma de pulmão no estágio IV.

Ele foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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