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Número de diagnósticos errados de depressão aumenta, diz estudo

6 jan 2014 - 20h30
(atualizado às 20h51)
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<p>O número de pessoas diagnosticadas com doenças mentais como depressão dobrou desde 2002</p>
O número de pessoas diagnosticadas com doenças mentais como depressão dobrou desde 2002
Foto: Getty Images

Milhões de pacientes estão sendo diagnosticados erroneamente com depressão, quando simplesmente estão tristes, de acordo com um novo artigo. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

Os antidepressivos estão sendo abusados por pessoas que estão de luto por um ente querido, sofrendo de problemas sexuais ou simplesmente por aquelas que não conseguem dormir, diz um novo relatório científico publicada pela Liverpool University.

O número de pessoas diagnosticadas com doenças mentais como depressão dobrou desde 2002. Acredita-se que atualmente no Reino Unido mais de 5 milhões de pessoas estejam rotuladas como depressivas ou ansiosas.

Chris Dowrick, professor da universidade, alerta que mais da metade destes pacientes foi diagnosticada erroneamente. Ele afirma que o diagnóstico de depressão deve ser reforçado e as empresas farmacêuticas devem ser proibidas de comercializar suas drogas com médicos. “Nas últimas décadas houve uma crescente tendência de diagnosticar a depressão em pacientes que apresentam tristeza e angústia”, observa.

O especialista acredita que um diagnóstico de depressão pode ser um instrumento atraente diante de um quadro de incerteza no consultório, especialmente pelo fato de o tratamento mais comum consistir em um comprimido uma vez por dia. "Mas essas pílulas não vão funcionar para as pessoas com depressão leve ou que estão apenas tristes. No entanto, elas têm efeitos colaterais e estamos vendo pacientes se tornando dependentes de drogas que não precisam."

Ele acrescenta que os problemas começaram a surgir na década de 80, quando os sintomas da depressão foram reduzidos ao sentimento de tristeza por pelo menos duas semanas, alterações do apetite, distúrbios do sono, redução da libido e cansaço. Dowrick explica que estes sintomas são comuns à maioria das pessoas, que certamente vão sentir isso em algum momento de suas vidas.

Apesar da conhecida necessidade de se rever estes sitnomas, o "boom" de prescrições é um fato e, no Reino Unido, as vendas de antidepressivos aumentam 10% a cada ano. Dowrick e sua equipe afirmam que as companhias farmacêuticas fazem parte do problema. Ele critica as estratatégias de marketing sobre drogas para depressão leve e ansiedade. “Muitas vezes os médicos não sabem o quão efetivas são estas drogas, porque não têm informação suficiente sobre as pesquisas lideradas pelas companhias farmacêuticas.”

Jenny Edwards, chefe-executiva da Mental Health Foundation, discorda que exista exagero nos diagnósticos. “Diagnosticar essa doença mental pode ser um primeiro passo crucial para ajudar as pessoas a pedir ajuda”, afirma. Na última sexta-feira (03) foi revelado que as empresas farmacêuticas retêm os resultados clínicos dos médicos, deixando-os mal informados sobre como tratar seus pacientes. 

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Fonte: Terra
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