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Crianças obesas são mais lentas para pensar, diz pesquisa

Crianças acima do peso têm problemas de aprendizado, erram mais na sala de aula e levam mais tempo para aprenderem e resolveram questões

10 mar 2014 - 11h24
(atualizado às 11h24)
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Crianças obesas têm grandes chances de se tornarem adultos com sérios problemas acadêmicos e profissionais
Crianças obesas têm grandes chances de se tornarem adultos com sérios problemas acadêmicos e profissionais
Foto: Getty Images

Crianças podem ir mal na escola devido ao peso. Segundo um novo estudo, desenvolvido em parceria com as universidades dos estados de Michigan, Georgia, Illinois, Texas e a faculdade Waseda, do Japão, crianças com excesso de gordura têm mais dificuldades em resolver problemas, além de serem mais lentas para pensar durante as aulas. As informações são do site inglês Daily Mail.

A descoberta, publicada na revista científica Cerebral Cortex, alimenta a discussão sobre o controle do peso entre as crianças em uma semana na qual começa a vigorar na Inglaterra um imposto sobre os alimentos populares entre esta faixa etária que contenham açúcar, como refrigerante e cereal matinal.

Os pesquisadores analisaram o comportamento de 74 meninos e meninas entre 7 e 9 anos diante de problemas cognitivos. As crianças obesas eram mais lentas para responderem as questões, erravam mais vezes e gastavam ainda mais tempo para responder a próxima pergunta quando tinham errado a questão anterior. Segundo os especialistas, isto mostra a falta de desenvolvimento adequado do córtex pré-frontal, que comanda os pensamentos racionais, e o córtex cingulado anterior, que permite que as pessoas aprendam com os próprios erros.

“A epidemia global da obesidade infantil é um grave problema de saúde pública, mas a relação disso com a saúde cognitiva ainda era pouco conhecida”. Estudiosos temem pelo futuro, já que com um sistema cognitivo mal desenvolvimento, estas crianças têm imensas chances de se tornarem adultos com dificuldades de aprendizado e falta de habilidades acadêmicas e profissionais. Além disso, eles alertam que o excesso de peso possa retardar o desenvolvimento do cérebro de maneira geral.

“Nós sabemos que crianças que se exercitam pouco têm menos capacidade de concentração e uma performance inferior na sala de aula”, explia Tam Fry, do National Obesity Forum.

Além da obesidade, a dificuldade de aprendizado sugere ainda que a maioria destas crianças pode estar subnutrida, uma vez que consomem alimentos prontos, processados e de baixíssimo valor nutricional. “Eles tem deficiência de várias nutrientes exigidos pelo cérebro para o desenvolvimentos das funções neurológicas. Isso nos mostra que o problema é ainda mais complexo”, explica Dr. Paul Clayton, do Insitute for Food, Brain and Behaviour.

A preocupação dos especialistas é prevenir a obesidade infantil, começando pelas mães. Grande parte das mulheres já está consideravelmente acima do peso quando engravida, dando à luz bebês também com mais peso do que o normal.

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Fonte: Terra
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