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Especialistas discutem qualidade de substitutos do açúcar

18 mar 2014 - 18h30
(atualizado às 18h31)
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A Organização Mundial de Saúde quer reduzir pela metade a ingestão de açúcar para evitar problemas como obesidade e diabetes. A população já procura por substitutos para o açúcar: nos supermercados, adoçantes e stévia, uma alternativa natural, dominam as prateleiras e muitas pessoas já passaram a usar o mel para adoçar chás, por exemplo. No entanto, a dúvida que fica é: será que estas substituições podem ajudar a evitar os problemas de saúde que preocupam a OMS? O Daily Mail ouviu especialistas e as conclusões foram as seguintes:

Stévia: livre de calorias e carboidratos, a stévia não aumenta os níveis de açúcar no sangue. É entre 250 e 300 vezes mais doce do que o açúcar e, ao substituir o açúcar por stévia, os fabricantes poderiam reduzir drasticamente o teor de calorias. No entanto, o sabor amargo atrapalha. “'Stévia é normalmente usada em combinação com açúcar para mascarar seu sabor (na produção de alimentos e bebidas). Isso significa que é apenas uma substituição parcial de açúcar em produtos, atualmente de 20% a 70%”, disse Jack Winkler, ex-professor de política de nutrição na Universidade Metropolitana de Londres, Inglaterra.

Mel e xarope: as vendas de mel, xarope de bordo (maple) e xarope de agave dispararam. No entanto, os especialistas concordam que esses açúcares naturais não são melhores do que o açúcar comum. “Contêm menos calorias, mas não muito. São cerca de três por grama em comparação a quatro por grama de açúcar”, afirmou a cientista Bridget Benelam, da Fundação Britânica de Nutrição. “As pessoas gostam deles porque são naturais, mas, se há qualquer benefício, é discutível. Açúcar, afinal, é um produto natural da planta", explicou a especialista, ressaltando ainda que o corpo metaboliza esses açúcares “naturais” da mesma maneira. “Açúcar é açúcar e uma caloria é uma caloria. Não importa se vem na forma de mel, xarope de agave ou açúcar branco, o corpo processa exatamente da mesma maneira”, completou o professor de medicina metabólica Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, na Escócia.  

Adoçante: os benefícios da mudança de açúcar para adoçante são confirmados na pesquisa de Margaret Ashwell, ex-assessora do governo do Reino Unido, sobre nutrição. Ela concluiu que a substituição ajuda na perda de peso, a uma taxa média de cerca de 0,2 kg por semana. Mas nem todos estão convencidos sobre adoçantes artificiais. Uma preocupação permanente é a ideia de que, quando as pessoas têm acesso a bebidas e alimentos dietéticos, podem saborear outros alimentos não-saudáveis. No ano passado, uma pesquisa sugeriu que produtos adoçados artificialmente estavam ligados a um maior risco de obesidade, diabetes tipo 2 e doença cardiovascular. A pesquisadora Susan Swithers, neurocientista comportamental e professora de psicologia na Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, diz que isso ocorre porque adoçantes têm gosto de açúcar e podem confundir a capacidade natural do corpo de controlar calorias , o que poderia, ironicamente, levar ao ganho de peso.

Sem açúcar: o professor de medicina metabólica Naveed Sattar Naveed Sattar, enfatiza que a solução mais simples é acostumar a não adoçar as bebidas e alimentos. “Acredito que as pessoas podem ajustar o seu paladar, por exemplo, treinando-se para tomar chá sem açúcar. É melhor que as pessoas prefiram adoçantes a açúcar, mas eu prefiro muito mais que elas não adocem”, concluiu.

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Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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