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Obama tenta tranquilizar americanos perante propagação do zika

8 fev 2016 - 15h36
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O presidente dos EUA, Barack Obama, tratou de tranquilizar os americanos perante a propagação do zika vírus, ao pedir que o pânico não se estenda embora, segundo sua opinião, seja preciso abordar "seriamente" a ameaça que representa.

"A boa notícia é que isto não é como o ebola, as pessoas não morrem pelo zika (...) Muitas pessoas têm (o vírus) e nem sequer sabem que têm", disse Obama em uma entrevista à rede "CBS" gravada no domingo por ocasião do Super Bowl, a final da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL).

No entanto, "o que agora sabemos é que parece haver certos riscos significativos para as mulheres grávidas ou que estão pensando em ficar grávidas", afirmou o presidente.

Mas "não deveria haver pânico" perante o zika, segundo Obama, que acrescentou, no entanto, que é preciso "levar a sério" os riscos associados ao vírus.

A Casa Branca antecipou hoje que Obama pedirá ao Congresso US$ 1,8 bilhão em fundos de emergência para combater tanto em nível nacional como internacional o zika.

De acordo com Obama, esses recursos serão destinados à pesquisa sobre vacinas e melhores diagnósticos do vírus, assim como para melhorar os sistemas de saúde pública.

Em comunicado, a Casa Branca ressaltou a necessidade do país, e particularmente dos estados do sul, estarem "plenamente preparado" por conta da chegada dos meses quentes para diminuir a transmissão local do vírus.

O governo "está tomando todas as medidas apropriadas para proteger o povo americano", afirmou a Casa Branca ao detalhar que a solicitação formal dos fundos de emergência será enviada ao Congresso "em breve".

Até agora foram registrados 50 casos de zika importados nos Estados Unidos e um através de contágio sexual local, em Dallas (Texas), de acordo com números dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, por sua sigla em inglês).

As novas diretrizes emitidas pelos CDC na semana passada recomendam o uso de preservativos ou se abster de ter relação sexuais para os casais que tiverem mulheres grávidas e que tenham viajado para uma zona onde há registro da atividade do vírus, para evitar um possível contágio durante a gestação do bebê.

Trinta países e territórios fazem parte da lista de alerta de viagens dos CDC, que inclui quase toda América Latina.

Os CDC recomendam também às mulheres grávidas que tenham viajado para alguma das zonas afetadas pelo zika que se submetam a testes de detecção do vírus durante o período de duas a 12 semanas posteriores seu retorno aos EUA, inclusive quando não tiverem sintomas.

EFE   
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