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OMS confirma morte de mulher por ebola esta semana em Serra Leoa

15 jan 2016 - 10h09
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta sexta-feira que uma mulher que morreu em Serra Leoa no início desta semana morreu pelo vírus do ebola.

A causa da morte foi confirmada um dia depois de a entidade anunciar o fim da epidemia na África Ocidental, após declarar a Libéria livre do vírus.

"A mulher morreu no último dia 12 e sim, confirmamos que morreu de ebola", assinalou Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, em em entrevista coletiva.

"Este caso demonstra o que dissemos ontem (no anúncio do fim da epidemia) e dissemos sempre, que há um risco de que a doença ressurja", acrescentou.

A mulher, que vivia no distrito de Tonkolili, no norte de Serra Leoa, foi internada em uma clínica vindo de uma aldeia próxima a fronteira com a Guiné e, por enquanto, é a única pessoa de seu entorno que mostrou sintomas. As autoridades estão buscando todas as pessoas com quem ela teve contato para fazer testes.

Serra Leoa foi declarada livre do ebola em 7 de novembro de 2015 após quase dois anos de epidemia que deixou quatro mil mortos.

Jasarevic acrescentou que os três países mais afetados pela epidemia - Guiné, Libéria e Serra Leoa - entraram agora em uma fase de "gestão de risco", após passarem pela fase de "gestão de casos", o que implica em não baixar a guarda em nenhuma circunstância.

"É muito importante que as pessoas entendam que o fim dos 42 dias não implica em 'já está, podemos ir', ao contrário, é preciso continuar muito atento", ressaltou.

Agora, as autoridades de Serra Leoa devem começar o protocolo de detectar, isolar e eventualmente tratar os contatos da mulher que morreu pelo vírus.

Uma vez finalizado este processo, e depois de se passarem três semanas desde que o contato aconteceu - período de incubação do vírus - e todos os suspeitos tiverem resultado negativo duas vezes no teste de diagnóstico, será iniciado de novo o período de 42 dias até que Serra Leoa possa ser declarado outra vez país livre do contágio de ebola.

A Libéria anunciou três vezes esse status, já que duas vezes surgiram casos com cadeias de transmissão desconhecidas.

A OMS tem atualmente 12 mil colaboradores em Guiné, Libéria e Serra Leoa, e reduzirá essa equipe para nove mil em março e seis mil até o fim do ano.

A epidemia, declarada em março de 2014 (os primeiros casos remontam a dezembro de 2013) registrou 28.500 contaminações e 11.300 mortes, números que a OMS reconheceu que podem ser menores do que a realidade.

EFE   
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