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OMS convocará Comitê de Emergência para lutar contra surto de zika vírus

28 jan 2016 - 11h28
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocará um Comitê de Emergência na próxima segunda-feira para determinar se o surto de zika vírus constitui uma emergência sanitária de alcance internacional, anunciou nesta quinta-feira a diretora geral da entidade, Margaret Chan.

A OMS dedicou hoje uma sessão especial de seu Conselho Executivo, que acontece nesta semana em Genebra, ao surto de zika vírus, que afeta 24 países e regiões na América Latina, dos quais o Brasil é o mais afetado.

Os primeiros casos na região foram detectados em maio de 2015 no Brasil, mas somente em outubro desse mesmo ano que o país registrou também um aumento de microcefalia em bebês nascidos sobretudo no nordeste do país.

Até o momento, há mais de um milhão e meio de casos de zika registrados no Brasil e mais de 4.180 de microcefalia.

Além disso, no Brasil também foram detectados casos de bebês nascidos com a síndrome de Guillain-Barre, uma condição que ataca o sistema imunológico e o sistema nervoso e às vezes causa paralisias.

"Quero ser muito clara: a relação entre o zika e as más-formações não foi ainda estabelecida", ressaltou Chan.

"Mas (esta relação) é altamente suspeita", esclareceu a diretora geral.

Chan lembrou que o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, que normalmente se multiplica com muita rapidez, um crescimento que neste ano ainda será mais acelerado por causa do El Niño, que provocará fortes chuvas e inundações que favorecerão a multiplicação do mosquito.

Chan explicou que a organização que dirige está "muito preocupada" pela possibilidade que as más-formações sejam causadas pelo vírus, pela rapidez que a doença se desenvolveu, pela falta de imunidade da população e pela falta de vacinas ou tratamentos disponíveis.

"O nível de preocupação é tão alto como o nível de incerteza", acrescentou.

É por isso, que além da convocação do Comitê de Emergência, a OMS organizará nas próximas semanas encontros de especialistas para compartilhar conhecimentos sobre o vírus e seus efeitos.

EFE   
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