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OMS prevê aumento do número de casos de zika

8 mar 2016 - 18h48
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta terça-feira que é previsível que os casos de zika aumentem e que se propaguem geograficamente por razões vinculadas com a temporada de chuvas, que gera condições propícias para o mosquito que transmite esta doença.

Na América Latina e no Caribe, "os casos de dengue, que é transmitida pelo mesmo mosquito que o zika, tipicamente aumentam na estação de chuvas, que vai de janeiro a maio", explicou a diretora geral da OMS, Margaret Chan.

Sobre o potencial que a zika pode ter de se propagar tanto como a dengue, Chan reconheceu que tal hipótese "não pode ser descartada".

A diretora divulgou informações atualizadas sobre a situação da zika após participar de um comitê científico que analisou os últimos estudos sobre sua associação com casos de microcefalia em recém-nascidos e de desordens do sistema neurológico em adultos.

Nessa reunião se constatou que cada vez há mais evidências que indicam uma relação entre o zika vírus e más-formações fetais e desordens neurológicas.

"Há tanta evidência que aparece agora e todas apontam para a mesma direção, de modo que o comitê considera que é provável que exista uma associação, mas é preciso mais informação antes de poder estabelecer definitivamente uma relação causa-efeito", argumentou o presidente do comitê científico, David Heymann,

Por esta razão, a OMS decidiu que esta situação deve continuar a ser considerada como uma emergência sanitária pública de alcance internacional.

Um total de 31 países e territórios, todos eles latino-americanos e caribenhos, reportou casos de transmissão local do vírus no atual surto.

A zika foi associada no Brasil com a multiplicação de casos de microcefalia, e em outros países da região foi relacionada com a Síndrome de Guillain-Barré (SGB).

No entanto, Chan esclareceu que de acordo com as últimas informações científicas disponíveis, "a microcefalia é agora só uma entre várias anomalias de nascimento associadas com infecções de zika durante a gravidez".

As piores consequências documentadas incluem morte fetal, insuficiência da placenta, atraso no crescimento do feto e dano ao sistema nervoso central, resumiu a médica.

Embora a doença seja transmitida principalmente através da picada de um mosquito, a OMS também revelou que "informações e pesquisas de vários países sugerem fortemente que a transmissão sexual do vírus é mais comum do que se achava antes".

A OMS recomendou às mulheres grávidas que evitem viajar para regiões com transmissão de zika, e para as demais pessoas afirmou que "não deve haver restrições de viagem", como também não para o comércio com os países ou áreas afetadas.

Às mulheres cujos parceiros sexuais vivem ou viajam para regiões com zika, Chan pediu que façam sexo seguro ou se abstenham até que a gravidez conclua.

Sobre a situação específica do Brasil, a OMS sugeriu que as autoridades identifiquem claramente as áreas onde há surtos de zika para que as mulheres decidam, de maneira informada, se desejam viajar para esses lugares.

"Se o Brasil pode certificar que uma área está livre de surtos de zika e dar esta informação às mulheres que viajam para este país, então elas podem tomar sua própria decisão", declarou Heymann.

EFE   
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