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Para diminuir os seios, mulher para de comer e chega a 25 kg

24 fev 2014 - 15h26
(atualizado às 15h28)
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Leanne McKillop, de 30 anos, ficou tão preocupada com o tamanho dos seios que parou de comer na tentativa de diminuí-los. Ela desenvolveu problemas severos em relação à imagem do próprio corpo e precisou enfrentar uma dura batalha contra a depressão e também a anorexia. Leanne ficou tão doente que precisou ser hospitalizada por três vezes. As informações são do jornal britânico Daily Mail. 

Ela conta que não acreditou em quão rápido seus seios cresceram e, com isso, ficou incomodada com a forma como os meninos da escola a provocavam. “Me tornei extremamente depressiva. Eu achava que a única solução para diminuir meu corpo era parando de comer”, relembra. A ansiedade de Leanne atingiu o pico quando ela tinha 14 anos e tentou se matar com uma overdose de antidepressivos, que um psicólogo infantil havia recomendado para estabilizar o humor.

Aos 16 anos, quando trabalhava no McDonald's, um supervisor a ouviu vomitando no banheiro e decidiu avisar a mãe. Então, o médico a encaminhou a um psiquiatra, que diagnosticou anorexia nervosa. O quadro ficou ainda pior quando ela começou a trabalhar em um resort e precisou de apoio psicológico. “Eu estava cercada de mulheres bonitas, então meu desejo de me tornar mais magra ficou ainda mais forte.”

Além disso, nesta época, Leanne estava longe dos pais, o que contribuía para que não comesse corretamente. “Depois de alguns meses, eu estava exausta", relembrou. Aos 20 anos, ela estava pesando cerca de 44 quilos, quando foi internada pela primeira vez. Então, levou sete meses para tratar a anorexia e conseguiu chegar aos 50 quilos. Apesar do progresso, Leanne começou a piorar novamente assim que foi liberada do tratamento. “Eu não bebia nem água porque achava que continha calorias. Minha vida se resumia a cinco horas de exercícios diários e a uma obsessiva contagem de calorias”, relembra.

Quando atingiu os 31 quilos, foi internada novamente e acabou ficando próxima de uma paciente chamada Paula, que, infelizmente, perdeu sua batalha contra a anorexia e morreu dois meses depois de Leanne receber alta. Ela afirma que a amiga a fazia sorrir mesmo nos dias mais difíceis. “Quando ela se foi, eu percebi que tinha que melhorar, não só pelos meus amigos e familiares, mas por mim mesma”, conta.

Mas, aos 26 anos, com o corpo esquelético e pesando 25 quilos, Leanne foi internada pela terceira vez. Porém, ela, finalmente, estava determinada a melhorar. “Quando fui admitida na Glasgow Scholl of Art para estudar design de produto, encontrei um novo foco. Comecei também a fazer ballet e a andar de skate. Isto ajudou a me distrair do hábito de pensar em comida o tempo todo”, afirma. Quando alcançou os 50 quilos, ela achou que a doença estava controlada. Mas o seu triunfo se tornou uma tragédia – outro amigo perdeu a luta contra a doença e morreu.

Leanne, que agora está em treinamento para ser tornar uma instrutora fitness, diz que quer mostrar para pessoas que sofrem deste tipo de distúrbio o quão mortal a doença pode ser. “Estou feliz por estar de volta aos trilhos, mas meu corpo sofreu danos irreversíveis”, observa. “Tenho rins de uma mulher idosa e provavelmente sou infértil”, completa. Apesar das sequelas da doença, Leanne afirma ainda que está feliz por estar viva. “Depois de participar de dois funerais de amigos, sei mais do que ninguém que sou uma sortuda", concluiu.

Fonte: Terra
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