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Paracetamol infantil pode causar asma, diz estudo

Estudo britânico afirma que paracetamol infantil é responsável pelo aumento do risco de asma em crianças.

11 fev 2016 - 14h06
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O paracetamol infantil é um analgésico e antitérmico bastante usado para baixar a febre e aliviar dores leves a moderadas. Porém, administrá-lo pode não ser tão inofensivo. Um estudo revelou que crianças que tomam o medicamento têm quase um terço a mais de risco de desenvolver .

A pesquisa foi conduzida na Universidade de Bristol, na Inglaterra, e utilizou dados de 114,5 mil mulheres e crianças. Saiba mais sobre o estudo e os riscos do paracetamol.

Asma atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo.
Asma atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo.
Foto: iStock/Getty Images / Vivo Mais Saudável

Riscos do paracetamol infantil

Ainda na década de 1980, pesquisadores notaram um aumento significativo nos casos de asma na infância. Essa foi a mesma época em que o acido acetilsalicílico foi associado à síndrome de Reye no público infantil, o que fez com que muitos pais passassem a utilizar o paracetamol no lugar do medicamento.

Em 1992, o pesquisador Arthur Varner publicou um artigo no The Annals of Allergy and Asthma Immunology no qual afirmava que a mudança de medicação pode ter estimulado o aumento de casos de asma entre as crianças. De lá pra cá, outros estudos também analisaram a relação entre a substância e a doença.

A pesquisa da Universidade de Bristol revelou não só o aumento das chances de as crianças que ingeriram paracetamol desenvolverem asma. O estudo indica que medicadas com a droga têm mais risco de dar a luz a bebês que serão asmáticos no futuro.

O levantamento, publicado no International Journal of Epidemiology, mostrou que a maior incidência da doença acontece por volta dos 3 anos de idade.

Asma na infância

A asma é uma inflamação crônica dos brônquios, o que causa um bloqueio no fluxo do ar e dificulta a respiração. Apesar de ser comum na infância, pode se desenvolver ao longo de toda a vida.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é que 300 milhões de pessoas no mundo, entre crianças e adultos, tenham asma. Além da dificuldade para respirar, podem apresentar como tosse seca, ansiedade e chiado ou ruído no peito.

A manifestação da doença costuma ser ainda mais forte no início da manhã e à noite. Além disso, quando o paciente fica exposto ao frio, a mudanças bruscas de temperatura, a ácaros, a fungos, a odores fortes ou a fumaça, tende a sofrer ainda mais desconforto para respirar.

Quadros de asma demandam acompanhamento médico e são considerados uma prioridade para controle, segundo a OMS. A busca por um diagnóstico preciso e um tratamento visa a prevenir crises e a melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Atualmente, não existe cura para a doença, mas há medicamentos específicos para diminuir os sintomas e o agravamento da inflamação. No Brasil, pacientes asmáticos possuem acesso a atendimento integral e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os remédios definidos para o tratamento são distribuídos também gratuitamente aos usuários.

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