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Paraguai implantará teste rápido para diagnosticar dengue, zika e chicungunha

5 fev 2016 - 14h42
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O Paraguai prevê implantar no prazo de um mês um teste rápido que permita detectar em pacientes a presença do zika vírus, da dengue e da chicungunha, que mantêm o país em estado de alerta epidemológico, informou nesta sexta-feira o ministro da Saúde, Antonio Barrios.

O teste está sendo desenvolvido no Brasil, o país mais afetado pelo zika, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), e prevê que esteja disponível no prazo de um mês, segundo o ministro.

Barrios, que na quarta-feira participou no Uruguai de uma reunião de ministros de Saúde da América Latina sobre o zika, admitiu que o Paraguai conta ainda com dificuldades para diagnosticar esta doença, uma situação que é compartilhada por outros países da região.

Apesar disso, o ministro disse que o país dispõe de recursos humanos capacitados em diagnóstico e tratamento deste vírus, e seu viveiro em laboratório está atualizado e equipado com os reativos que permitem o diagnóstico e análise clínico do zika.

Até o momento, o Paraguai registra um total de seis casos confirmados de zika, todos eles circunscritos à cidade de Pedro Juan Caballero, fronteiriça com o Brasil.

O ministro da Saúde explicou que as autoridades sanitárias estão "surpresas" porque as análises de controle desta doença nas zonas de risco seguem dando resultados negativos.

Por isso, destacou que especialistas estrangeiros colaborarão com os laboratórios paraguaios para atravessar os resultados e remetê-los ao americano Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, por seu sigla em inglês).

A dengue é o vírus que mais atinge ao país, que registrou 358 novos casos e uma morte confirmada pela doença durante o primeiro mês do ano.

O Paraguai verificou em 2015 um total de 16.516 casos confirmados de dengue e cinco mortes por essa doença nesse período, além de 4.292 casos confirmados de chicungunha.

O país viveu em 2013 a pior epidemia de dengue de sua história, com 150 mil casos registrados da doença, que tirou a vida de 252 pessoas, em um país de 6,7 milhões de habitantes.

Na quarta-feira, os ministros de Saúde de 14 países da América Latina acordaram em Montevidéu uma roteiro para combater o vírus do zika que aposta pela coordenação internacional de ações e conhecimento e a possibilidade de destinar orçamentos adicionais para enfrentá-lo.

A doença reabriu nos últimos dias o debate sobre o aborto em muitos países latino-americanos, após ser relacionada com casos de bebês nascidos com microcefalia.

EFE   
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