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Tomar aspirina pode proteger contra o câncer, diz pesquisa

Cientistas analisaram 136.000 pessoas por 32 anos; riscos de câncer de estômago e intestino caíram 15% e 19%, respectivamente

4 mar 2016 - 15h42
(atualizado às 15h50)
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Um estudo americano apontou que tomar apenas duas aspirinas por semana pode proteger contra o câncer, potencialmente impedindo 10.000 novos casos por ano. As informações são do site do jornal The Telegraph.

Por 32 anos, cientistas analisaram 136.000 pessoas e descobriram que aqueles que tomaram o medicamento regularmente apresentaram 3% menos chances de desenvolver qualquer tipo da doença.

Foto: Getty Images

Os efeitos, porém, foram mais marcantes para o câncer de estômago e intestino, onde os riscos caíram 15% e 19%, respectivamente.

O Dr. Andrew Chan, do Massachusetts General Hospital, comentou a pesquisa. “Nós agora podemos recomendar que as pessoas considerem tomar aspirina para reduzir o risco de câncer colorretal – particularmente aqueles com outras razões para o uso regular, como a prevenção de doenças do coração -, mas não estamos em um ponto em que podemos fazer uma recomendação geral para a prevenção de todos os tipos da doença”, explicou.

“Neste momento, seria muito razoável para os indivíduos discutir com seus médicos a conveniência de tomar o remédio para prevenir o câncer gastrointestinal, particularmente se eles têm fatores de risco, como histórico familiar”, concluiu.

A aspirina é cada vez mais vista como uma droga milagrosa, que pode ajudar a evitar uma série de doenças. Barato e de baixo risco, o remédio já está sendo usado por milhões de pessoas na Grã-Bretanha para reduzir o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. É também utilizado para aumentar a fertilidade. Pesquisas recentes sugerem que ele pode proteger contra a demência.

Entretanto, uma estudo do Queen Mary University, em Londres, mostrou que há efeitos colaterais como o sangramento severo no estômago e úlceras que levaram a cerca de 900 mortes por ano.

Nenhuma redução foi observada em relação ao câncer da mama, da próstata ou do pulmão. A pesquisa foi publicada na revista JAMA Oncology.

Fonte: Terra
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