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Pesquisadores encontram vírus da zika em glândula salivar do pernilongo

2 mar 2016 - 19h50
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Um grupo de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta quarta-feira que encontrou o vírus da zika nas glândulas salivares de mosquitos culex, popularmente conhecido como pernilongo, o que é um indício de que esta espécie também poderia transmitir a doença.

A descoberta foi anunciada durante um seminário sobre a zika em Recife. A bióloga Constância Ayres explicou que foi realizada uma experiência em laboratório com cerca de 200 mosquitos culex, mas advertiu que estes resultados não são conclusivos.

Ayres disse que "há uma grande probabilidade" de que o mosquito comum transmita o zika aos humanos, da mesma forma que também contagia outros arbovírus.

Os pesquisadores da Fiocruz estão capturando mosquitos comuns em seu habitat natural, em regiões afetadas pelo vírus, para identificar se o culex também leva o vírus na natureza.

Segundo Ayres, o estudo de campo deve durar de seis a oito meses até que a pesquisa possa ter um resultado final.

Até agora, considera-se que o mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor do zika, assim como de outras doenças como a dengue e a febre chicungunha.

A presença do culex nas zonas urbanas no Brasil supera em 20 vezes a do Aedes aegypti, segundo os pesquisadores.

Esse mosquito, que está espalhado praticamente por todo o mundo, põe seus ovos em água suja, ao contrário do Aedes, que se reproduz em água limpa. O culex se prolifera especialmente em áreas urbanas com carências em suas infraestruturas de saneamento básico.

O seminário sobre o zika, chamado "A, B, C, D, E do vírus Zika" foi realizado ontem e hoje em Recife com a presença de cerca de 40 pesquisadores.

EFE   
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