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Relatório da UE alerta para crescente resistência a antibióticos

11 fev 2016 - 10h18
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A resistência a antibióticos aumentou na União Europeia (UE), sobretudo no sul e no leste, o que põe em perigo o tratamento de doenças como a salmonelose, advertiu nesta quinta-feira a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).

O último relatório da EFSA detectou um aumento da resistência aos antibióticos usados contra as duas doenças de origem animal mais comuns entre os humanos, a gastroenterite causada pela campylobacter e a salmonelose.

Este aumento da resistência aos antimicrobianos" representa um grave risco à saúde humana e a animal", alertou o comunicado da EFSA, que tem sede em Parma, no norte da Itália.

O comissário europeu de Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, considerou que esse aumento da resistência a antibióticos é um "problema global" e lembrou que causa 25 mil mortes ao ano na UE.

O relatório, elaborado pela EFSA junto com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), detectou provas da resistência ao antibiótico colistina na salmonela e na E. coli em aves.

Esta descoberta é "preocupante porque significa que este remédio pode deixar de ser em breve efetivo no tratamento de infecções humanas graves como a salmonela", avaliou Mike Catchpole, responsável científico do ECDC.

O relatório, que se baseia em dados fornecidos pelos Estados-membros em 2014, detectou ainda que existem diferenças na resistência de acordo com as regiões europeias: os níveis mais elevados de resistência a antibióticos foram encontrados no leste e no sul da Europa.

No caso da campilobacteriose, o relatório constatou a existência de resistência a antimicrobianos comumente usados, como a ciprofloxacina em humanos e em aves; essa resistência é especialmente alta a esse antibiótico em frangos para consumo humano e em bactérias em humanos.

Também foram detectados níveis entre altos e muito altos de resistência ao ácido nalidíxico e as tetraciclinas em frangos.

No caso dos antibióticos mais empregados contra a salmonela, foi detectada resistência em diferentes graus entre humanos (tetraciclinas, sulfonamidas e ampicilina) e nos frangos.

O relatório ressaltou a preocupação específica com o tratamento de dois tipos de bactérias de salmonela, a Kentucky e a Infantis, pois foram encontrados elevados níveis de resistência à ciprofloxacina e a multimedicamentos.

EFE   
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