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Cerca de 50% dos adultos têm perda de dentes acima do normal

30 out 2013 - 07h10
(atualizado às 07h10)
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Ao mesmo tempo em que o Brasil concentra o maior número de cirurgiões-dentistas do mundo, mas metade da população adulta tem perda dentária grave. O número chega a 50% de adultos com apenas 20 ou menos dentes funcionais, enquanto entre os idosos essa taxa sobe para 70%. Apesar de o índice de cáries em crianças ter diminuído em função da água fluoretada que chega diariamente às torneiras de boa parte da população, ainda há grande incidência de doenças orais entre adultos. 

50% de adultos têm apenas 20 ou menos dentes funcionais, enquanto entre os idosos essa taxa sobe para 70%
50% de adultos têm apenas 20 ou menos dentes funcionais, enquanto entre os idosos essa taxa sobe para 70%
Foto: Shutterstock

Segundo dados do IBGE, quase 12% da população nunca foram ao dentista e apenas 40% dos entrevistados tinham consultado um cirurgião-dentista no ano que antecedeu a pesquisa. “A saúde oral do brasileiro melhorou muito nos últimos dez anos. Mas, é necessário haver mais iniciativas que estendam o tratamento dentário para cada canto do país. Afinal, quando um indivíduo perde um dente, perde também parte de sua saúde”, diz Adriano Forghieri, presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD).

A preocupação que esses dados trazem é em relação com a prevenção de doenças orais que podem agravar e evoluir para quadros mais graves. Um estudo da American Heart Association, com mais de 40 mil pacientes, associa a perda dentária e doenças periodontais (gengiva) à ocorrência de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) – também conhecido como derrame ou isquemia cerebral. Segundo a entidade norte-americana, homens com 24 dentes ou menos apresentavam risco aumentado de sofrer um AVCI quando comparados com aqueles que contavam com melhor dentição.

O Instituto do Coração (Incor/USP) também divulgou estudo que comprova a importância da saúde bucal na prevenção de doenças como a endocardite infecciosa – instalação de bactérias e fungos no tecido endocárdico que reveste internamente o coração. A taxa mortalidade da doença é em torno de 25%.  “Além de ampliar e intensificar programas em nível municipal, estadual e federal para melhorar a saúde bucal dos brasileiros, há que se conscientizar ainda mais a população da importância do cirurgião-dentista e de como esse profissional pode e deve ajudá-la na prevenção de doenças orais, na manutenção dos dentes e na preservação da saúde como um todo”, diz o presidente da APCD. 

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Fonte: Terra
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