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Chupeta ajuda bebê a sugar e reduz morte súbita

O uso da chupeta, quando realizado dentro de algumas regras e em situações específicas, pode trazer benefícios para a criança e minimizar os riscos de problemas bucais

8 ago 2014 - 08h00
(atualizado às 10h55)
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Existem alguns casos em que o uso da chupeta pode ser recomendado por médicos e dentistas
Existem alguns casos em que o uso da chupeta pode ser recomendado por médicos e dentistas
Foto: Dynamicfoto / Shutterstock

Não é de hoje que a introdução da chupeta na vida dos bebês por parte dos pais vem sendo bastante criticada por profissionais, afinal, seu uso contínuo pode causar problemas sérios na formação da arcada dentárias das crianças. Porém, existem alguns casos em que o uso da chupeta pode ser recomendado por médicos e dentistas. 

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Segundo a cirurgiã-dentista, Renata Sampaio, o uso da chupeta, quando realizado dentro de algumas regras e em algumas situações específicas, pode trazer benefícios para a criança e minimizar os riscos de problemas bucais. “O uso da chupeta é recomendado quando o bebê apresenta o hábito de chupar o dedo, por exemplo. Por estar mais acessível, o dedo poderá ser usado com mais frequência e este hábito trará alterações ortodônticas como mordida aberta, mordida cruzada, alterações na posição da língua durante a fala e a deglutição”, diz. Segundo a especialista, a chupeta também pode causar esses problemas, mas se bem utilizada e administrada, os danos serão menores. 

Outra utilidade da chupeta é em casos em que o bebê tem dificuldades para mamar no peito, seja por rejeição ou falta de leite da mãe. “Nesses casos, a chupeta é recomendada para complementar a necessidade do bebê de realizar os movimentos de sucção que a mamadeira não preenche. Ao se alimentar na mamadeira, o bebê não exercita adequadamente os músculos orofaciais”, afirma Renata. Nesses casos, logo após a mamadeira, é recomendado oferecer a chupeta para que o bebê exercite a musculatura da maneira correta.

Chupeta reduz morte súbita

Estudos recentes correlacionam o uso da chupeta durante o sono e a redução da morte súbita em bebês de até 12 meses de idade. “Nesses casos esse uso deve ser feito apenas depois do primeiro mês de amamentação para que a chupeta não interfira na consolidação do hábito do aleitamento materno”, diz a especialista.  

Segundo Renata, a chupeta pode ser considerada responsável pela redução da morte súbita em bebês porque a sua alça seria capaz de impedir que a criança se sufocasse ao dormir na posição prona (de bruço) ou perto de travesseiros fofos ou cobertores espessos, que também podem sufocar o bebê durante a noite. 

Além disso, acredita-se que a chupeta ajuda o bebê a manter as vias aéreas livres, dificultando ainda mais o sufocamento. De qualquer forma, é recomendável que quando a chupeta for utilizada por esse motivo, seja retirada após o primeiro ano de vida do bebê, que é quando ocorre significativa redução desse risco. 

Chupeta é um mal da vida moderna das mulheres

Para Renata, hoje em dia, a chupeta é introduzida na vida da criança como forma de calmante por mães que tem cada vez menos tempo de ficar ou cuidar de seus filhos. Quando o bebê está com algum tipo de desconforto ele usa o choro para se comunicar. 

Se antes de tentar descobrir a causa do berreiro a mãe logo empurrar a chupeta na criança, ela vai associar a diminuição da angústia à chupeta e aí estará criado um novo problema a longo prazo. “Isso pode ser confortável para os pais de início, mas trará muitas dificuldades para a interrupção do hábito no futuro, uma vez que a criança ficará emocionalmente dependente da chupeta”, afirma Renata. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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