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Traumas em dente de leite influenciam a nova dentição

6 mai 2013 - 07h07
(atualizado às 08h21)
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Marcar uma consulta com o dentista assim que o primeiro dente do bebê nascer, pode garantir uma vida adulta sem problemas com a saúde bucal. Isso porque tudo que a criança sofre durante a dentição decídua, ou popularmente conhecida como ‘dentição de leite’, influencia no desenvolvimento dos dentes permanentes. 

Por exemplo, quem tem cárie nos dentes de leite tem maior risco de desenvolver cáries nos dentes permanentes. Normalmente, a criança que inicia a vida com muita ingestão de açúcar, e de maneira desordenada, tem maior chance de desenvolver cárie nos dentes permanentes no futuro, caso não altere padrão de dieta e higiene. 

“Há momentos em que a criança está mais exposta à cárie, como na fase de irrupção dos molares permanentes – os dentes do fundo que nascem sem que o de leite tenha caído, confundindo os pais se ele é decíduo ou permanente”, diz a dentista Daniela Raggio, professora de Odontopediatria da USP.

O mesmo ocorre com algumas doenças periodontais, como a gengivite – inflamação da gengiva. Como é uma doença relacionada ao acúmulo de placa bacteriana, se a pessoa não mudar hábitos de higiene, poderá apresentar tanto nos dentes de leite, como nos permanentes. 

Cuidado com traumas

Quando a criança sofre um trauma na boca, a situação é sempre delicada e merece atenção dos pais. A perda de um dente precocemente pode causar problemas ortodônticos, que variam desde mau posicionamento até retenção do dente. “Muitas vezes a criança perde um dente e fica com o hábito de colocar a língua no local ou sugar o lábio, o que também pode causar problemas ortodônticos”, explica.

Criar o hábito da higiene bucal

A escovação dos dentes dos bebês e crianças pequenas deve ser feita de forma prazerosa e divertida, porém, sempre com muita responsabilidade. Segundo o dentista Hugo Lewgoy, professor de Odontologia da Uniban, os movimentos da escova devem ser curtos e suaves. “Devemos executar movimentos circulares, com a escova inclinada em um ângulo de 45 graus, metade das cerdas apoiadas sobre os dentes e metade apoiada sobre as gengivas”, ensina Lewgoy.

O especialista explica que a gengiva dos bebês e crianças pequenas é mais delicada e sensível, portanto, a utilização de escovas com um grande número de cerdas e de textura ultramacia é fundamental. “A escova infantil não pode ser apenas bonita, deve ter a cabeça pequena e anatômica, cerdas arredondadas e um cabo que se adapte facilmente às mãozinhas”, indica. 

É fundamental que a criança seja estimulada a desenvolver o hábito da escovação sozinha. “Até os seis ou sete anos de idade os responsáveis devem checar a escovação, mas a criança deve sempre ser estimulada a escovar sozinha, aos poucos elas desenvolvem coordenação motora e passam a realizar esta tarefa com precisão durante toda sua vida”, afirma Lewgoy.

A dentista Daniela Raggio acrescenta, ainda, que, para garantir a saúde bucal das crianças, é importante restringir o consumo de, limitando a frequência apenas após as refeições principais, e não entre elas. “Também é importante remover chupetas e mamadeiras até os dois anos de idade, na dúvida, sempre consulte seu dentista”.

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
Fonte: Terra
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