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Crianças contam como aprenderam a escovar os dentes

Giovanna, 8, e Lucas,5, contam como o exemplo dos pais e as brincadeiras na da higiene bucal, tornam esse hábito mais legal e fácil de aprender

2 dez 2014 - 08h00
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As crianças têm habilidades motoras para escovar os dentes a partir dos 7/8 anos. Entretanto, a idade certa para os treinos de independência é a partir dos 3 anos
As crianças têm habilidades motoras para escovar os dentes a partir dos 7/8 anos. Entretanto, a idade certa para os treinos de independência é a partir dos 3 anos
Foto: bokan / Shutterstock

“Minha mãe diz que, se eu não escovar os dentes direitinho, o bichinho da cárie vai deixar meus dentes fracos e doentes e eu não poderei mais comer coisas gostosas”, diz Giovanna, de 8 anos. Preocupada com isso, a baixinha não se esquece nunca de fazer a higiene bucal.  

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Incentivada desde pequena, a menina tem uma visão bem natural sobre o hábito de escovar os dentes. “Eu escovo os dentes sempre depois que como, em todas as partes, embaixo e em cima, sem fazer força senão machuca e sai sangue. E agora também já sei passar o fio dental, mas acho difícil. O Lucas, meu irmão, não gosta de escovar os dentes. Acho que ele não liga para os bichinhos da cárie”, diz Giovanna.  

Daniella Almeida Lopes, mãe de Giovanna e Lucas, diz que o método de ensino foi igual para os dois filhos, mas que pela idade e por ser mais vaidosa, Giovanna sempre gostou mais de escovar os dentes. “Desde que eles tinham uns 3 anos íamos os quatro (ela, o marido e as crianças) para a pia escovar os dentes juntos. Eu e meu marido sempre tentamos fazer desse momento algo sério, para que eles pudessem entender a importância de escovar os dentes, mas também divertido, para que não se tornasse algo chato”, diz a mãe.  

“As crianças terão habilidades motoras para escovar os próprios dentes adequadamente a partir dos 7/8 anos. Entretanto, a idade certa para os pais iniciarem os treinos de independência com elas é a partir dos 3 anos”, diz Rosana Possobon, professora associada da área de Psicologia Aplicada da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (UNICAMP). 

Brincadeiras com os pais

Giovanna diz que nunca achou chato escovar os dentes, porque sempre teve a companhia da mãe. “A parte mais legal era quando a gente cantava a música dos dentes e escovava juntas. E depois a mamãe dava prêmios para quem tivesse com os dentes mais limpos”, diz a menina.  

Valentina, também de 8 anos e amiga de Giovanna, diz que o pai dela, Anderson Azevedo, também sempre ajudou na hora de escovar os dentes. “Meu pai escovava uma parte e esperava eu fazer igual. Eu tinha que imitar ele em tudo para ganhar pontos de comportamento na semana”, diz a garotinha.  

Daniella e Anderson podem nem perceber, mas o incentivo e apoio deles nessa hora fizeram toda a diferença no aprendizado de seus filhos. “A criança que vê os pais fazendo a higiene bucal aceita esta prática como algo natural e deseja seguir o exemplo”, diz Rosana.  

Apesar de ter o mesmo ensinamento de Giovanna, Lucas, de 5 anos, acha ruim ter que escovar os dentes todos os dias. “As brincadeiras são legais, mas é chato ter que escovar toda hora”, diz o garoto emburrado. Mas a mãe diz que, mesmo reclamando, o filho sabe escovar os dentes corretamente, mas sempre supervisionado por ela. “O Lucas é manhoso, mas ele escova direitinho. Até prêmio ele já ganhou”, diz Daniella. 

Calma e elogios 

Brincar com a criança é importante na hora de escovar os dentes, mas manter a calma, ser firme frente a uma malcriação ou manha e saber elogiá-los também pode fazer toda a diferença. “Mesmo com os bebês, em que a mãe precisa conter os movimentos para realizar uma boa higiene bucal, ela deve manter-se calma, distrair a criança e elogiar o sorriso limpo e brilhante ao final da escovação”, diz a especialista.   

“A gente brinca muito, mas se for preciso dar uns puxões de orelha, damos também. Afinal, estamos falando de um hábito importante para a saúde deles”, diz Daniella. 

Outra forma muito eficaz de fazer com que as crianças assimilem essa prática e a aceitem de forma natural, é procurar escolas que incentivem o hábito. “Da mesma forma que a atuação dos pais é um modelo de escovação, a escola também ajuda a tornar a escovação uma prática corriqueira na vida da criança. Além disso, elas serão estimuladas pelos amigos que participarão destas atividades”, diz Rosana. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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