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Crianças não vão ao dentista na idade certa

Pesquisa mostra que menos de 1% das crianças que participaram do estudo fizeram consulta odontológica antes de 1 ano de idade

16 dez 2015 - 08h00
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Uma pesquisa publicada no Journal Pediatrics mostrou que menos de 1%, do total de 2.505 crianças que participaram do estudo, consultou pela primeira vez um dentista quando tinham até um ano de idade, e menos de 2% visitou pela primeira vez um dentista quando tinham até 2 anos de idade. Das crianças que tinham ido ao dentista, 24% delas apresentaram pelo menos uma lesão de cárie.

Segundo Mariana Minatel Braga, professora de odontopediatria da Faculdade de Odontologia da USP, as primeiras idas ao dentista são importantes para que os pais tirem dúvidas e adquiram informações sobre cuidados com a saúde bucal. Assim, quanto antes forem à consulta, melhor. “O bebê pode ser levado ao dentista mesmo antes de ter dentes. Assim, o profissional pode examinar e ver se está tudo normal, acompanhar a erupção dos dentes e orientar e motivar para cuidados com a saúde bucal”, diz.

As primeiras idas ao dentista são importantes para que os pais tirem dúvidas e adquiram informações sobre cuidados com a saúde bucal
As primeiras idas ao dentista são importantes para que os pais tirem dúvidas e adquiram informações sobre cuidados com a saúde bucal
Foto: lsantilli / Shutterstock

Nessas consultas, os pais aprendem sobre escovação (como, quando, porque escovar), que tipo de pasta e escova usar, hábitos bucais como uso de chupeta e mamadeira, sucção de dedo, consumo racional de açúcar quando os dentes nascerem. Podem resolver, ainda, inquietudes sobre a erupção dos dentes, qual a época em que aparecem e sintomas que a criança apresenta. “O principal benefício de levar o bebê ao dentista é receber informações antes de os problemas aparecerem”, afirma a especialista. 

Dentre os problemas, a doença que mais acomete crianças é ainda a cárie. Porém, por meio do estabelecimento de hábitos de higiene e dieta saudáveis, é possível atuar na prevenção dessa doença e, mais ainda, na promoção de saúde bucal. “Os pais exercem forte influência sobre a saúde bucal das crianças, uma vez que são os responsáveis pelo estabelecimento de medidas que podem mantê-las livres de doenças. Por isso, de nada adianta atuar nas crianças se os núcleos familiares não estiverem envolvidos no processo”, diz Mariana.

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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