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Espírito de Natal: projetos levam saúde bucal pelo Brasil

Com foco na população carente, projetos sociais levam educação, tratamentos e esperança para milhares de pessoas que não têm acesso à saúde bucal

24 dez 2014 - 08h01
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O projeto Operação Sorriso opera gratuitamente em diversas regiões do Brasil crianças e adultos com fissura labiopalatina
O projeto Operação Sorriso opera gratuitamente em diversas regiões do Brasil crianças e adultos com fissura labiopalatina
Foto: Operação Sorriso / Divulgação

Uma das coisas mais bonitas da época natalina é o sentimento de amor e solidariedade que costuma aflorar nas pessoas nesse período. Porém, existem iniciativas sociais que dão acesso à saúde bucal a pessoas carentes o ano todo.  Conheça algumas delas.

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Operação Sorriso

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, existe uma criança com fissura labiopalatina (deformação labial) para cada 650 nascidas. Com base nesses dados, o projeto Operação Sorriso opera gratuitamente em diversas regiões do Brasil (com foco no Norte e no Nordeste) crianças e adultos portadores desse problema, devolvendo a elas o sorriso, a auto-estima e a perspectiva de inclusão social.  

Para ser atendido, o paciente passa por uma triagem em que preenche uma ficha e faz uma consulta com cada uma das especialidades da missão: cirurgia plástica, psicologia, anestesia, pediatria, fonoaudióloga, genética, odontologia e enfermagem. Além disso, tira a foto técnica e realiza exames de sangue. 

“No fim do dia, com todas as informações dos pacientes, os médicos selecionam os casos que serão operados (com base nas prioridades) e montam o mapa cirúrgico”, diz Ana Cecília Leme, coordenadora de comunicação do projeto. Os que não são operados naquela missão seguem em acompanhamento pelo hospital local.

Para ser voluntário como profissional é preciso passar por cadastros, treinamentos e avaliação dentro da área em que pretende atuar. Além disso, eles precisam ter disponibilidade para viajar de 5 a 11 dias corridos, saber trabalhar em equipe e sob pressão e acima de tudo não ter preconceitos físicos, de classe social ou racial e gostar e ter paciência com crianças (prioridade do projeto). 

“Também precisamos de voluntários nos locais aonde vamos. Se a sua cidade for receber a Operação Sorriso e você quiser ajudar a montar a estrutura local, entre em contato conosco. Também existe a opção de se tornar um voluntário doador, é isso que nos permite trabalhar para expandir o número de atendimentos. Para mais informações entre em contato com a gente pelo email voluntario@operationsmile.org.br”, diz Ana Cecília. 

Projeto Quilombo

Preocupados com a falta de cuidados básicos com higiene bucal, os estudantes de odontologia da USP, criaram o Projeto Quilombo, que leva educação e serviços de saúde bucal para comunidades carentes. Esse projeto é realizado em parceria com o Colégio Santa Cruz, na comunidade Quilombo Ivaporunduva, localizado no Município de Eldorado e tem como público-alvo os próprios residentes da comunidade. 

O grupo de voluntários promove uma palestra interativa para as crianças e adultos sobre educação em higiene bucal. “Acreditamos que essa seja a principal parte de nossa ação, pois, uma vez que visamos promover saúde, é necessário que se instaure mudanças de hábitos na população, para que haja uma continuidade em nosso trabalho”, diz Luisa Maluf Sanseverino, estudante e fundadora da Comissão de Projetos Sociais da FOUSP.

Depois, as crianças são levadas para o escovódromo (local com pia e espelho) para que seja aplicado tudo o que foi aprendido na palestra. Enquanto isso, os pais podem tirar dúvidas sobre o tema com alunos e profissionais. Em seguida, as crianças são direcionadas para a sala do exame clínico, na qual terão sua condição bucal avaliada.

Também são feitos procedimentos como restaurações, aplicações de selantes e flúor e extração de dente. “No final de cada circuito a criança recebe um kit de higiene bucal com escova de dente, pasta, sabonete e guia de higiene oral”, diz Luisa. Para mais informações acesse a página da Comissão no Facebook.

 Dentistas do Bem

O Dentistas do Bem oferece tratamentos odontológicos gratuitos para pessoas de baixa renda por meio de uma rede de dentistas voluntários. O foco deste projeto são os jovens entre 11 e 18 anos. 

“Com isso fazemos também uma denúncia sobre a falta de acesso da população mais pobre a tratamentos de qualidade. Afinal, segundo o Conselho Federal de Odontologia 20% dos brasileiros não vão ao dentista por falta de dinheiro e o nosso objetivo é transformar esse cenário”, diz Mariana Fernandes, diretora de projetos da Turma do Bem (organização responsável pelo projeto Dentista do Bem). 

O projeto, que conta atualmente com 15 mil voluntários espalhados em 14 países diferentes, atende 50 mil jovens.  “Profissionais capacitados fazem a seleção final, que é baseada em três critérios: pior condição bucal, pior condição socioeconômica e idade. O projeto prioriza os estudantes mais velhos, porque eles estão mais próximos do ingresso no mercado de trabalho e a má condição dos dentes pode prejudicar bastante a conquista do primeiro emprego”, diz Mariana. 

O tratamento oferecido pelos voluntários (em seu próprio consultório) é curativo, preventivo e educativo. Além disso, periodicamente a equipe do projeto Dentistas do Bem entra em contato com os pacientes e os profissionais voluntários para saber como andam os atendimentos. Mais informações no site www.turmadobem.org.br.

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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