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Famosos aderem à tatuagem nos lábios; saiba se há riscos

8 abr 2014 - 14h15
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Miley Cyrus surpreendeu mais uma vez com sua nova tatuagem, no mês passado. A cantora e atriz escolheu a parte interna do lábio para desenhar um gatinho com uma lágrima igual ao "emoji", desenhos usados em mensagens de celular. Mas ela não foi a primeira a enfrentar a agulha para tatuar a boca. A cantora Ke$ha escreveu “Suck it” no mesmo local, enquanto a modelo Isabeli Fontana homenageou Henri Castelli, seu marido na época, registrando seu nome.

Segundo o professor Celso Augusto Lemos Júnior, da Faculdade de Odontologia da USP, não há relatos encontrados na literatura sobre complicações para a saúde causadas pela tatuagem dentro da boca. “O único prejuízo que constatamos ocorre para aqueles que se arrependem e decidem remover a tatuagem com laser”, diz.

Quem opta por apagar o desenho nos lábios, também precisa preparar o bolso. “Assim como nos casos da remoção de tatuagem da pele, para tirar o desenho de mucosas, são necessárias algumas sessões com um custo relativamente alto, devido ao valor dos equipamentos utilizados”, afirma Andréa Witzel, professora da Faculdade de Odontologia da USP.

Cuidados

Um levantamento americano, de 2006, em adultos entre 18 e 50 anos, constatou que 24% deles possuíam alguma tatuagem. Estima-se que, hoje, esse número esteja próximo a 40% da população. Desse número, a incidência das tatuagens na face é de cerca de 4%. 

Nos casos de desenhos na mucosa, uma das recomendações é manter o local seco. A saliva pode fazer com que a tinta desapareça mais rápido, o que exige retoques frequentes. “As recomendações são as mesmas da tatuagem em pele, procure locais que prezam pela higiene dos equipamentos, que devem ser esterilizados em autoclave e descartáveis, para evitar doenças contagiosas, especialmente a Hepatite C”, afirma Celso.

Tatuagem involuntária

Uma situação inusitada que pode ocorrer durante um tratamento bucal é a tatuagem involuntária. Isso acontece em casos de pacientes com restauração de amálgama – material usado no procedimento. “É possível que fragmentos penetrem na mucosa resultando em manchas acinzentadas sem mais consequências”, diz Andrea. 

Fonte: Ateliê Oral
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