Homem volta a usar aparelho depois de anos de tratamento
Depois de usar aparelho ortodôntico boa parte da adolescência, Luciano teve que voltar ao ortodontista para alinhar os dentes mais uma vez
5 nov2014 - 08h00
(atualizado às 09h14)
Compartilhar
O vendedor, Luciano Rossi, descobriu que tinha que usar aparelho ortodôntico bem cedo. Desde os sete anos, quando seus dentes permanentes começaram a nascer, era visível seu apinhamento dental (dentes tortos). Foi uma longa e dolorosa fase, mas ele acreditava que tinha passado por ela com sucesso. Até perceber recentemente, com quase 30 anos, que seus dentes estavam voltando a entortar e usar aparelho novamente era uma questão de tempo.
Foram quatro anos de aparelho móvel e quase três de fixo. “Passei boa parte da adolescência usando aparelho. Mas a questão estética nunca foi um grande problema para mim. Eu me incomodava muito mais com a dor e o desconforto”, lembra.
Contenção
Quando tirou o fixo e achou que estava livre do tratamento dental, foi apresentado à contenção. “Eu tinha uns 16 anos e estava tão de saco cheio que confesso que nem usei a contenção móvel direito. Hoje me arrependo muito disso”, diz Luciano.
“A contenção estabiliza o dente na posição em que foi levado ao final do tratamento ortodôntico, até que haja uma acomodação de todo o periodonto (osso e gengiva) na nova situação. Em média, a contenção é usada por 2 anos. No primeiro ano, a contenção superior (placa removível) é usada durante o dia inteiro. No segundo ano, só para dormir”, diz Luíz Antônio Aidar, ortodontista e professor da Universidade Santa Cecília, de Santos. Já a contenção inferior fica colada atrás dos dentes da frente e deve ser usada por mais tempo por conta da tendência natural de entortamento desta parte da arcada.
Porém, mesmo com o uso da contenção, o especialista explica que é possível que os dentes voltem a entortar. “Em casos que os dentes eram muito tortos. Alterações na posição da língua e respiração bucal também contribuem para a falta de estabilidade na posição dos dentes. Além disso, quando o tratamento é terminado em um adolescente, ele ainda está em crescimento e isso pode resultar no desajuste da mordida ao longo dos anos”, diz o especialista.
O tratamento ortodôntico pode ser realizado em praticamente qualquer idade e para isso são usados aparelhos fixos ou removíveis, dependendo da indicação para cada caso
Foto: Shutterstock
Os fixos são mais eficientes e indicados para corrigir problemas dentários mais complexos, pois funcionam 24 horas por dia, além de depender menos da colaboração do paciente
Foto: Shutterstock
Já os móveis são usados para tratamentos em pacientes em fase de crescimento ou para tratamentos simples em jovens e adultos. Possui a vantagem de poder ser removido para atividades sociais, para alimentação e para higiene bucal, diz o cirurgião-dentista George Bueno
Foto: Shutterstock
O processo biológico durante a movimentação dentária produz certos mediadores inflamatórios responsáveis pela sensação dolorosa
Foto: Shutterstock
Após a correção dos dentes mal posicionados, é necessária a contenção da posição dos dentes por um determinado tempo. Isto é feito também para que os tecidos ósseo e gengival se adaptem às mudanças na posição dos dentes
Foto: Shutterstock
Compartilhar
Publicidade
Corrigir o quanto antes
Seja pelo uso displicente da contenção ou pelo fato de que Luciano ainda era um adolescente quando terminou o tratamento, a verdade é que depois de anos, os dentes do vendedor voltaram a entortar. “Antes que piorasse voltei a procurar um ortodontista. Pensei que o quanto antes pudéssemos reverter o quadro, menos doloroso e demorado seria o tratamento”, diz o vendedor.
Agora, Luciano está na fase de escolher o melhor aparelho para ele. Diferente de 10 anos atrás, hoje existe no mercado modelos bem menos chamativos. “Hoje temos os bráquetes estéticos (praticamente da cor do dente) e alinhadores de dentes que o paciente pode tirar para comer. Além disso, hoje em dia os preços desses aparelhos estão mais justos, o que possibilita que mais pessoas se beneficiem com o tratamento”, diz Luíz.
Cada vez mais, os aparelhos ortodônticos se espalham pelos sorrisos, não só de crianças, como de adultos. Além de corrigir o alinhamento dos dentes, o tratamento previne uma série de problemas relacionados com articulação dental incorreta. Mas, para ter apenas resultados positivos, é preciso ter atenção redobrada com a higiene bucal. Isso porque a escova e o fio dental encontrarão mais obstáculos na boca, como braquetes, fios e bandas.
Foto: Shutterstock
Não adianta corrigir a posição dos dentes e terminar o tratamento com muitas cáries e com as gengivas inflamadas. Se dispositivos específicos não forem utilizados, a placa bacteriana, ou biofilme oral, pode causar cáries e doenças gengivais em áreas quase inacessíveis.
Foto: Shutterstock
A escova ideal para aparelhos ortodônticos fixos também segue a regra de ter grande quantidade de cerdas do tipo ultramacias. A diferença é que para se encaixar aos braquetes, a escova precisa ter uma canaleta central, que possibilita uma escovação efetiva e favorece a limpeza de todos os componentes do aparelho ortodôntico. Para os aparelhos ortodônticos fixos linguais, a escova precisa ter tamanho reduzido e uma angulação de cabeça que facilite o acesso e a escovação na região interna da boca.
Foto: Shutterstock
Junto dos arcos e fios é necessário utilizar a escova interdental, que é capaz de higienizar este local de forma eficiente e sem traumas. Mova a escova interdental de forma suave de cima para baixo entre os componentes do aparelho e entre os dentes. Se a escova entrar muito folgada é necessário a escolha de uma de um diâmetro maior. Um único movimento é o suficiente, não são necessários movimentos exagerados de vai e vem.
Foto: Shutterstock
Passar o fio dental pode ser uma tarefa impossível sem o auxílio do passa fio, que lembra uma agulha de plástico. Nele o fio dental é preso e pode ser passado por baixo do arco para limpar entre os dentes.
Foto: Shutterstock
A escova de tufo se adapta perfeitamente aos contornos dos dentes e braquetes. Sua cabeça mínima e cerdas longas conseguem atingir áreas quase inacessíveis para fazer uma limpeza altamente efetiva. Ela deixa as superfícies totalmente lisas e polidas e previne qualquer alteração ou problema em decorrência do acúmulo do biofilme oral, como desmineralização, cáries, inflamação gengival.