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Mãe cria filho sem chupeta, mamadeira e guloseimas

Determinada, Helena amamentou o filho até um ano e meio, sem chupeta e longe de doces e refrigerantes, em nome de uma saúde bucal perfeita

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Com amamentação, restrição à chupeta, mamadeira e açúcar, mãe conseguiu que filho tenha saúde bucal exemplar
Com amamentação, restrição à chupeta, mamadeira e açúcar, mãe conseguiu que filho tenha saúde bucal exemplar
Foto: Peter Polak / Shutterstock

Quando decidiu ter filho, Helena Camargo sabia que teria que ser firme em suas decisões. Isso porque ela sempre deixou claro que seria diferente da maioria das mães quanto aos hábitos e alimentação de seu filho. Helena queria priorizar ao máximo o aleitamento materno e uma alimentação saudável e queria distância de chupetas e mamadeiras. E foi isso que ela fez. 

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“Mas isso tudo não seria possível se eu não tivesse uma médica que me apoiasse e orientasse sobre tudo, porque tive, dentro da minha própria família, muitas críticas quanto à essa postura, principalmente quanto ao não uso da chupeta. Eles não suportavam a ideia de eu deixar meu filho chorando em vez de logo oferecer-lhe a chupeta”, diz Helena. 

Para tomar esse tipo de decisão, é muito importante que as mães se informem não somente sobre os malefícios da utilização desses utensílios (chupeta e mamadeira), mas também sobre as alternativas para o seu uso. “Um profissional da saúde capacitado e o apoio da família ajudam as mães a enfrentar certas situações em vez de fazê-las optar pela forma mais rápida e prática de diminuir o choro da criança”, diz Rosana Possobon, professora e coordenadora do Cepae (Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais) da Unicamp. 

O truque

Com muita determinação, Helena amamentou seu filho exclusivamente com leite materno até o sexto mês e depois manteve a amamentação junto com outros alimentos, até seu filho ter um ano e meio. Essa conduta foi possível com a ajuda da ordenha manual para extração do leite antes da mamada. “Essa prática simples (que serve para aliviar o peito e deixar o bico mais macio a fácil de abocanhar), ajuda a criança a exercitar suficientemente os músculos da face e língua, evitando a necessidade do uso da chupeta e da mamadeira, além de ajudar a mãe que tem dificuldade de produzir leite”, diz Rosana.

Depois do sexto mês, o leite ordenhado e outros líquidos como sucos e chás eram dados para a criança em copos com tampas e bicos valvulados, sempre evitando o uso da mamadeira. “Até mesmo crianças recém-nascidas podem ser alimentadas com o uso de copos comuns ou esse tipo de copo”, diz a especialista. 

Chupeta

O uso de chupeta está fortemente associado ao desmame precoce, ou seja, a interrupção do aleitamento materno antes do sexto mês de vida da criança. “A cultura do uso da chupeta, no Brasil, ainda é muito forte e seu uso pode provocar alteração no desenvolvimento dos músculos da face e da língua, que vão acarretar, em maior ou menor grau, alterações de fala, de mastigação, de deglutição, de respiração e etc”, diz Rosana. 

Como Helena conseguiu amamentar o filho até um ano e meio, foi mais fácil resistir à chupeta. “Optar pela chupeta é com certeza a opção mais fácil. Tem vezes que realmente não sabemos por que o bebê está chorando e estamos exaustas. Tive vontade de apelar para ela algumas vezes, mas resisti em nome da saúde bucal do meu filho. No fim, acabei conhecendo mais ele. Sabia a razão de cada choro. Até nisso a exclusão do uso da chupeta me ajudou”, diz Helena. 

Sem doce e refrigerante

Ainda de olho na saúde geral e bucal de seu filho, Helena montou uma dieta rica em alimentos naturais e evitou doces e refrigerantes até quando pôde. “Nunca dei açúcar industrial nem refrigerante para ele. O doce que ele tinha contato era o doce das frutas. Meu filho foi tomar Coca-Cola em uma festinha da escola, com quatro anos. E fiquei super feliz, porque ele não gostou muito e até hoje prefere suco natural”, diz Helena. 

“Os hábitos alimentares das crianças se estabelecem nos dois primeiros anos de vida. Não é sacrifício algum para a criança ficar sem um docinho, se ela não tiver contato com açúcar no meio em que vive. Retardar o contato com refrigerantes e guloseimas só contribui para estabelecer um paladar que prefira frutas aos doces”, diz Rosana. 

E todo esse sacrifício já mostra resultados. “Hoje, com oito anos, meu filho não tem cárie nem nenhum problema bucal e possui os dentes certinhos, alinhados e bem branquinhos”, diz a mãe toda orgulhosa. 

*A pedido da entrevistada, o Terra preservou sua identidade

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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